Com 1,3 mil hectares de lavouras, 900 próprios e o resto arrendado, o produtor rural de Campos Novos Sérgio Mânica está investindo em máquinas mais modernas para garantir a rentabilidade da sua produção. Os equipamentos mais modernos têm GPS para que não haja desperdício na pulverização feita na troca de uma cultura de inverno para uma de verão. “Com o GPS, a pulverização não é feita duas vezes na mesma área. Isso representa uma economia substancial para quem trabalha em grandes áreas”, conta.
O equipamento que utiliza, um Uniport Pulverizador Autopropelido, tem capacidade de pulverizar cerca de 100 a 130 hectares por dia. Mas custa R$ 350 mil em média. Da mesma forma, colheitadeiras modernas, com sistema ponto a ponto, também controladas por GPS, podem custar até R$ 700 mil. “Apesar de serem equipamentos caros, garantem produtividade e reduzem os custos. Por outro lado, a depreciação deste tipo de máquina é muito alta. Em sete anos de uso, perde mais da metade do valor. E é uma dificuldade muito grande vender máquinas usadas”, diz.
Mânica explica que a perda em função dos rastros feitos pelas máquinas modernas é mínima e fica entre 3% e 5%. O produtor só lamenta que os preços do milho estejam em queda. Por conta disso, vai reduzir em 30% a área plantada para a próxima safra, substituindo por soja, que tem menor custo de produção.
Contabilizando insumos e gastos, segundo Mânica, plantar milho custa R$ 2,1 mil por hectare, enquanto, nas lavouras de soja, o custo total para a mesma área plantada é de R$ 1,4 mil.