O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), reduziu seu prognóstico para a produção mundial de milho nesta safra 2010/11. De acordo com nova estimativa divulgada pela entidade na quinta-feira, a colheita deverá render 824 milhões de toneladas, 5 milhões a menos que o previsto anteriormente.
Se confirmado, ainda assim seria um volume recorde, e 1,7% superior ao total considerado pelo IGC em 2009/10. O pequeno corte efetuado reflete a queda da projeção do conselho para a produção americana, que atualmente está sendo colhida.
Também recorde será o consumo global de milho em 2010/11. Sempre conforme o IGC, serão 837 milhões de toneladas na temporada, 1,8% mais que em 2009/10. Análise do conselho confirma que a demanda por milho acabou impulsionada pelos problemas na oferta de trigo sobretudo na Rússia, por conta de problemas climáticos. Com a demanda maior que a oferta, a entidade sugere, é claro, que os estoques globais de milho deverão recuar pelo segundo ano seguido.
Também na quinta-feira, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires divulgou sua projeção para a área plantada de milho de uso comercial na Argentina em 2010/11. Serão 3 milhões de hectares, ante os 2,93 milhões calculados para a temporada anterior (2009/10), quando a produção local atingiu o recorde de 22,5 milhões de toneladas.
A bolsa destacou que chuvas em grande parte do cinturão do milho argentino na última semana aliviaram o déficit hídrico causado pela Lá Niña e animaram o produtor a plantar. Um novo recorde é esperado.