A ausência de novidades consideradas positivas para os preços interrompeu um movimento de altas expressivas iniciado na sexta-feira e abriu espaço para a queda das cotações da soja ontem na bolsa de Chicago. Para traders consultados pela
Os contratos futuros com vencimento em janeiro de 2011, que atualmente ocupam a segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez) em Chicago, encerraram a sessão de terça-feira negociados a US$ 10,90 por bushel, perda de 16,25 centavos de dólar.
Ainda que o movimento altista não tenha sido capaz de romper a barreira dos US$ 11, cálculos do Valor Data mostram que a segunda posição já apresenta valorização de 7,92% neste mês, o já que tornou positiva a variação acumulada em 2010 (3,96%). Nos últimos 12 meses até ontem, há alta de 18,61%, o que favorece os exportadores brasileiros mas tende a ampliar a pressão dos alimentos nos índices inflacionários – no Brasil e em outros países.
Estreitamente ligada à forte demanda chinesa, ainda que também vinculada aos efeitos do clima sobre a atual safra dos Estados Unidos, esta sustentação das cotações da soja desafia as estimativas dominantes sobre o quadro mundial de oferta e demanda nesta safra 2010/11, que no Hemisfério Norte está sendo colhida e que no Hemisfério Sul começa a ser plantada.
Mesmo levando em consideração que o fenômeno climático La Niña costuma provocar problemas sérios às produções do sul da América do Sul – e, neste caso, as previsões de oferta na região poderão ser revisadas para baixo -, a revista alemã “Oil World” voltou a projetar uma produção global, ainda que menor que em 2009/10, superior à demanda em 2010/11. De acordo com relato da agência Reuters, a colheita global, conforme a publicação, será de 258,9 milhões de toneladas, ante uma demanda de 256,4 milhões