A Novus do Brasil nomeou o médico veterinário Ricardo Esquerra coordenador de suinocultura na América do Sul. Formado pela Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), ele cursou mestrado e doutorado em nutrição de monogástricos na Universidade de Guelph, no Canadá e trabalhou como gerente de pesquisa e desenvolvimento em nutrição animal no Centro de Pesquisas da Novus Internacional, nos Estados Unidos.
A transferência do especialista, que atuava no mercado mexicano, para a região faz parte da estratégia de expansão da empresa. “A Novus passa por um período de grande crescimento e diversificação da linha de produtos. É hoje a empresa que mais cresce neste segmento”, destacou Esquerra.
O executivo defende o desenvolvimento tecnológico para melhorar o desempenho no campo e a rentabilidade da cadeia produtiva. “É muito importante investir em resolver problemas que afetam a lucratividade no campo e incorporar novas tecnologias que representam vantagens competitivas. E, neste sentido, a Novus se consolida como empresa com capacidade de oferecer soluções tecnológicas para os desafios do setor”.
Desafios da suinocultura
Aumentar a produtividade da matriz suína, o desempenho do leitão na fase de creche e reduzir o custo da ração são os principais desafios da suinocultura mundial, apontou Esquerra. “São preocupações constantes em função do grande impacto na lucratividade da granja. Por isso, nossos cientistas, nos cinco continentes, se preocupam em desenvolver soluções que visam melhorar o desempenho produtivo da porca, aumentando consideravelmente sua permanência na granja”.
O especialista ainda destaca programas nutricionais que contribuem para aumentar o tempo da carne suína nas gôndolas dos supermercados. “Temos programas específicos na fase de abate que contribuem de maneira efetiva no aumento de vida de prateleira da carne suína”, afirma Esquerra.
Depois de atuar no centro de pesquisas da Novus Internacional, ele ressalta que a empresa ainda pode trazer outras novidades ao país. “Existem muitos programas já usados com sucesso em outros países que, gradativamente, serão trazidos ao Brasil, dependendo das prioridades e necessidades de nossos clientes”.
Oportunidades
Esquerra aposta em uma tendência de aumento da demanda por carne suína. “Um levantamento da FAO mostra que a demanda mundial por proteína animal deve dobrar nos próximos 40 anos, o que representa uma extraordinária oportunidade para a suinocultura brasileira, que tem fácil acesso a água, aos cereais e as oleaginosas. O mesmo estudo apresenta que para atender a este aumento da demanda, 70% da produção deve crescer através de uma melhora na eficiência produtiva, mais do que de um aumento no número de animais. Essa melhora será possível unicamente mediante a incorporação de novas tecnologias em nossa atividade”, concluiu o especialista.