A produção chinesa de milho este ano poderá se recuperar da queda do ano passado, uma vez que as chuvas amenizaram condições de seca e de calor e muitos produtores, revigorados após a colheita de trigo no inverno, plantaram mais milho do que soja ou algodão, disseram analistas ontem (12).
Uma melhor colheita este ano poderá fazer com que a China, o segundo maior consumidor mundial de milho, não precise buscar mais o grão nos mercados mundiais, depois da compra de mais de 1 milhão de toneladas dos Estados Unidos em abril, o maior volume em 15 anos.
A necessidade da China de importar milho dos EUA, após seca, afetou a colheita de 2009, deu um grande impulso para os preços do produto em Chicago, onde o valor dessa commodity subiu 5,3% no trimestre de abril a junho, comparado com um ganho de 2,7% nos três meses anteriores.
“Houve chuva mais do que suficiente na semana passada, o que aliviou o clima quente (no norte)”, disse Li Qiang, presidente da Shanghai JC Intelligence. “A safra deste ano será muito melhor do que a do ano passado desde que o nordeste do país não seja afetado por uma geada prematura”.
Li visitou duas áreas de plantio de milho no nordeste da China e afirmou que a demora no plantio, em razão de uma tardia colheita do trigo de inverno, teve apenas um impacto pequeno e os agricultores da região ampliaram a área destinada ao cultivo do milho.