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Sem alergias

Pesquisa feita por nutricionista da UFMG sugere que o óleo de peixe reduz alergia à ovalbumina, presente na clara do ovo.

Sem alergias

A alergia a algum tipo de alimento pode causar grandes desconfortos e transtornos. Ser alérgico significa ter uma dieta restrita e até mesmo estar sujeito a alguma deficiência alimentar, já que a única forma de combater a alergia é banir determinado nutriente da alimentação.

Uma pesquisa desenvolvida pela nutricionista Olívia Gonçalves de Matos na dissertação de mestrado em patologia geral, pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pode vir a ser uma alternativa para quem tem sensibilidade excessiva à ovalbumina, presente na clara do ovo.

Olívia de Matos comparou, em camundongos, o comportamento da alergia após os animais serem alimentados com ração à base de óleo de soja – rico em ômega 6 – e ração enriquecida com óleo de peixe, rico em ômega 3. Uma outra ração que continha a mistura dos dois óleos também foi ministrada.

“Como o óleo de peixe é anti-inflamatório, decidimos investigar se ele poderia ajudar no tratamento da alergia. Logo no nascimento, tratamos esses camundongos com óleo de peixe. Depois, induzimos a alergia à ovalbumina. Após ficarem alérgicos, passamos a controlar os três grupos com rações diferenciadas”, explica Olívia.

Segundo a pesquisadora, um dos parâmetros usados na pesquisa foi o nível da proteína chamada imunoglobulina E (IgE), produzida no organismo como resposta a uma agressão interna a alguns tipos de proteínas alimentares.
“A dosagem da IgE nos camundongos alimentados com dieta rica em ômega 3 teve uma redução de 38%. Nos que consumiram a ração mista, com óleo de peixe e de soja, a redução da proteína foi de 35%”, diz.

Outro parâmetro utilizado na pesquisa foi a quantidade de eosinófilos no tecido intestinal, células que se tornam excessivas quando há uma reação alérgica. Os animais que consumiram a ração rica em óleo de peixe apresentaram uma redução de 60% dessas células em relação aos animais alimentados com óleo de soja. Nos animais alimentados com a ração mista, o índice foi 50% menor.

A pesquisadora ressalta, no entanto, que os estudos com o óleo de peixe ainda são iniciais e que ninguém deve consumi-lo em substituição à dieta.