O desenvolvimento da atividade avícola tem tido bons resultados nos últimos anos e está diretamente ligada aos investimentos realizados no setor. De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), a produção avícola paranaense até o mês de abril de 2010 chegou a marca de 433.863.655 cabeças, cerca de 9,5% a mais que a produção no mesmo período de 2009. Para manter o bom nível de qualidade e a quantidade na produção, é necessário o investimento em novas tecnologias para criação, ambiência, alimentação e abate. Hoje, a atividade avícola tem uma grande rentabilidade, mas é preciso a ajuda dos bancos para manter os níveis de investimento.
A avicultura do Paraná está animada com as novas políticas de financiamento que estão previstas para o próximo ano agrícola, que devem ser anunciadas até junho de 2010. As expectativas das normativas do Banco Nacional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BNDES) para esse novo ano indicam o aumento no valor que pode ser emprestado, passando de 250 mil reais para 300 mil reais, aumento no prazo para pagamento da dívida, passando para 10 anos contra os atuais oito anos de prazo de pagamento. Além disso, as novas normas devem trazer juros mais baixos do que os atuais 6,75% ao ano, chegando entre 5% e 5,5% ao ano.
De acordo com Luiz Antonio Pedro, responsável pela área de projetos e investimentos do Grupo Frangos Canção, esses novos números para o setor são esperados por toda a região Sul do país, maior produtora de frango de corte. “Outras regiões, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste, já tem seus pacotes específicos de incentivo ao agronegócio. Esperamos que agora seja a nossa vez”, afirma.
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Para o setor avícola, em especial, Luiz Pedro acredita que uma nova política de financiamentos para o setor rural estimularia a ampliação dos negócios. “A avicultura é uma atividade rentável e se os produtores tiverem subsídio para conseguir investir na produção com a ajuda do governo, com certeza eles farão investimentos para ampliar seus aviários e implantar novas tecnologias (equipamentos automatizados, climatizados, entre outros) utilizadas para melhorar a qualidade de vida das aves e consequentemente entregar um produto mais saudável para o abate”, afirma Pedro.
Luiz Pedro acredita que essas mudanças devem ser apresentadas pelo governo em breve, atendendo aos pedidos da classe rural e do setor avícola. “É possível vislumbrar essa possibilidade, pois, para elaboração do Plano, o Governo tem acompanhado as tendências de mercado. Levando em conta que houve impacto no setor com aumento no custo de investimento (como no caso do crescimento de custos com construção), há possibilidade que o BNDES facilite alguns pontos”, comenta o responsável pelos projetos e investimentos do Frangos Canção. Se aprovadas, as novas regras passam a valer para todos as instituições bancárias (públicas e privadas) que tem disponibilizado o financiamento agrícola.
