Redação (03/03/2009) – Enquanto algumas empresas cancelam investimentos em consequência da crise financeira mundial, a Cooperativa Regional Sananduva de Carnes e Derivados, detentora da marca Majestade, vai investir R$ 15 milhões na construção de um novo abatedouro suinícola em Sananduva, norte do Rio Grande do Sul (RS). Com o empreendimento, a capacidade de abate da cooperativa vai passar de 550 para 1000 suínos por dia. De acordo com Loreni Domingos Foscarini, presidente da cooperativa com mais de 70 anos de fundação, os recursos são provenientes da linha de crédito Pronaf Agro-Indústria, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Foscarini explica que o aumento do abate é conseqüência de consulta junto aos associados da cooperativa, que decidiram pelo aumento da produção. “Trabalhamos somente com associados e temos integração e parceria suficiente para atender toda a demanda de suínos para o abate. Hoje temos três sistemas de Integração: o ciclo completo, o produtor de leitões e os parceiros associados que terminam os suínos”.
Apesar das previsões pessimistas, em evidência no cenário global, Foscarini afasta a possibilidade da crise atingir o faturamento da cooperativa e acredita no crescimento da participação da Majestade no mercado interno. “Vamos aumentar nossa participação interna para atender a demanda crescente por nossos produtos industrializados”, afirma. “Hoje temos distribuidores no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Com o novo abatedouro, poderemos atingir os outros Estados brasileiros”.
Segundo ele, o mercado interno será abastecido com produtos processados, em especial o salame tipo italiano e a copa. Inicialmente a cooperativa deve complementar a falta de produtos nos Estados em que atua e depois, por meio de pesquisas, identificar novas regiões ou Estados com potencial para a entrada de seus produtos.
Foscarine disse que o abatedouro em construção estará habilitado para exportação. Porém, neste momento a empresa não vai focar no mercado externo. “Primeiramente precisamos atender o mercado nacional com desenvoltura, para depois pensar em um passo maior”, disse.
O novo abatedouro vai gerar cerca de 200 empregos e deve ficar pronto no final do ano.