Redação (12/03/2009) – A G0-333, que liga Rio Verde a Paraúna, é uma das mais importantes rodovias para o escoamento da produção agrícola do sudoeste do estado. Por ela, passa grande parte das safras de soja e milho. No ano passado, a estrada começou a ser pavimentada. Mas, depois de três quilômetros asfaltados, as máquinas pararam de trabalhar.
Quem trafega pela G0-333 reclama das más condições da estrada. E a situação piora no período chuvoso. Os atoleiros dificultam ainda mais o tráfego. Em alguns trechos, os veículos não conseguem passar.
A criadora Marinete Alves, que fabrica queijos em uma fazenda, já não sabe quantas vezes perdeu a produção no meio do caminho. “O carro quebrou e eu fiquei quase o dia inteiro dentro do buraco”, contou.
A criadora Marinete Alves, que fabrica queijos em uma fazenda, já não sabe quantas vezes perdeu a produção no meio do caminho. “O carro quebrou e eu fiquei quase o dia inteiro dentro do buraco”, contou.
Além das lavouras, a produção de quase 20 granjas passa pela rodovia. Na fazenda do criador Douvimar Lovato, cerca de 8 mil suínos já passaram da hora do abate e ele não consegue transportá-los até a agroindústria. “Esse prazo de um consumo maior de insumos, que seria a ração, e uma mortalidade maior são perdas que temos na propriedade”, afirmou.
Em algumas fazendas, a situação é mais grave. Na propriedade do criador Edilson Morais a capacidade de produção é superior a 120 mil aves por mês. Mas desde novembro de 2008, as atividades estão paralisadas. Os oito aviários estão vazios. Ele contou que parou o serviço porque não consegue entregar a produção dentro do prazo. Sem produzir, ele contabiliza um prejuízo de quase R$ 50 mil por mês. “É caminhão atolando, caminhão tombando. Você fica desolado. Não tem como um investimento desses ficar parado por falta de estrada.”
A Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas informou que as equipes de manutenção estão fazendo a recuperação emergencial dos trechos mais críticos. Quanto à pavimentação da rodovia, ainda segundo a agência, os recursos estão garantidos e o trabalho deve ser retomado assim que passar o período chuvoso.