Redação (16/03/2009) – O Ibama acompanhará a colheita da soja transgênica que foi plantada no entorno do Parque Nacional das Emas, em Goiás. Os agricultores estão proibidos de vender o grão.
A fazenda do agricultor Rogério Pianezzola fica ao lado do Parque Nacional das Emas. Ele planta soja convencional na região há 15 anos. Nesta safra semeou também 117 hectares da variedade transgênica e foi multado em R$ 68 mil.
“Eu plantei em outras áreas soja convencional. Então, não foi de má do produtor rural de violar a lei. Não foi isso. Eu acho que faltou comunicar que em um raio de 500 metros a gente não poderia plantar soja transgênica. A gente ficou nesta situação”, justificou seu Rogério.
O Ibama embargou o cultivo da soja transgênica no entorno da reserva em dezembro do ano passado, depois que a área já havia sido plantada. A determinação atingiu 18 fazendas, uma área de 1,59 mil hectares.
Segundo o diretor do Parque Nacional das Emas, Marcus Cunha, o embargo nas plantações foi uma medida de precaução. “Como não há estudos sobre os transgênicos que possam determinar o que pode causar esse plantio, a Embrapa toma esse procedimento como medida de precaução”, disse.
A soja transgênica plantada numa faixa de 500 metros ao lado da cerca do parque, por enquanto, não poderá ser comercializada. Segundo o Ibama, os fazendeiros podem colher o produto, mas não devem vender. Os donos das lavouras ficam responsáveis pelo armazenamento do grão até a decisão da Justiça. Até o final do mês, devem ser colhidas quase cinco mil toneladas do grão nas lavouras embargadas.
Os produtores entraram com recurso para suspender a proibição da venda.