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Preço pago ao produtor paulista fica inalterado

Os produtos que apresentaram as maiores quedas foram a carne suína, soja, milho, feijão e banana.

Redação (24/03/2009) – O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), na segunda quadrissemana de março, fechou com variação nula quando comparados com a segunda quadrissemana de fevereiro. O índice dos produtos de origem vegetal (IqPR-V) registrou alta de 0,06%, enquanto o índice dos produtos de origem animal (IqPR-A) apresentou variação negativa de -0,16%, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo do índice, a variação do IqPR fica negativa em -1,93%, e o IqPR-V cai ainda mais e fecha em -3,62%. Os produtos do IqPR que registraram altas nesta quadrissemana foram: ovos (14,18%), laranja para mesa (6,23%), trigo (4,53%), tomate para mesa (3,48%) e a cana-de-açúcar (2,77%). Segundo o IEA, a alta do preço dos ovos é decorrente da tendência de aumento de consumo, em virtude do início do ano escolar e do período de quaresma. Para a laranja de mesa o maior consumo de suco no verão associado à escassez relativa de produto nesta época do ano impulsionou os preços para cima.

Na cana-de-açúcar o impacto mais importante consiste no repasse para os preços da desvalorização cambial, o que ocorre de forma lenta. A elevada volatilidade do câmbio face aos desdobramentos da crise mundial deve ser administrada pela cadeia, que não pode aplicar grandes variações de preços até pela dimensão e extensão da safra. O início da safra 2009-2010 se dá na mesma perspectiva da anterior, sendo a variação cambial à novidade.

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços na segunda quadrissemana de março foram: feijão (42,18%), banana (11,29%), milho (10,63%), carne suína (5,70%) e soja (4,49%). Para o feijão, o recuo dos preços decorre de que, após a safra paranaense ter se normalizado e a quebra absorvida pelo mercado, as colheitas das novas regiões nesta época do ano (como Santa Catarina), estão dentro de padrões normais, com tempo bom favorecendo o trabalho. A relativa sobra de oferta implica em queda dos preços recebidos pelos produtores. Há também início do impacto do desemprego urbano.