Redação (27/04/07) – Se não fossem as invasões de terra, poderiam crescer mais. “Ninguém vai investir num setor que não tem garantia de tranqüilidade e segurança. Esse talvez seja o maior prejuízo”, afirma o presidente da Comissão de Assuntos Fundiários da CNA, Leôncio Brito.
Além das invasões, as entidades reclamam de outras situações, como as demarcações indígenas. Dizem que enquanto 62 milhões de hectares pertencem a lavouras temporárias e permanentes, mais de 105 milhões de hectares estão nas mãos dos índios. “O questionamento é quando essa reivindicação não está baseada em fatos históricos, no histórico dessas nações, nas ocupações anteriores daqueles que reivindicam”, comenta o diretor da Associação de Produtores de Florestas Plantadas, César Reis.
Produtores do Espírito Santo e de Santa Catarina reclamam: estão prestes a ter as terras desapropriadas para comunidades de negros remanescentes de quilombos. “A gente comprou, pagou, registrou e isso não tem valor?”, questiona o agricultor Luis Carlos Mânica.
O resultado do fórum vai ser um documento com propostas a serem encaminhadas para as autoridades. A expectativa é que sejam tomadas providências para diminuir as tensões no campo. “Nós esperamos que o governo faça cumprir permanentemente as suas obrigações, cumprir as normas, as leis e fazer com que se mantenha a paz nas nossas atividades”, declara o vice-presidente da CNA, Fábio Meirelles.
O documento será entregue às autoridades nos próximos dias.