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Bioenergia

Absolar defende inclusão da fonte solar fotovoltaica no leilão de energia A-6

O pleito da Associação está fundamentado no fato da solar fotovoltaica ter se tornado uma das fontes renováveis mais competitivas no Brasil

Absolar defende inclusão da fonte solar fotovoltaica no leilão de energia A-6

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) espera que o governo federal inclua a fonte solar fotovoltaica no Leilão de Energia Nova A-6 de 2019, previsto para setembro deste ano. A decisão do Ministério de Minas e Energia (MME) deve ser oficializada nas próximas semanas e a entidade já articula com as autoridades a participação da fonte solar fotovoltaica no certame que possui a maior demanda de contratação no País.

O pleito da Associação está fundamentado no fato da solar fotovoltaica ter se tornado uma das fontes renováveis mais competitivas no Brasil e, desta forma, a entidade espera que o MME estabeleça condições de isonomia e igualdade entre todas as fontes participantes. “A inclusão da fonte solar fotovoltaica no leilão A-6 aumenta o nível de competitividade do certame e estimula a consequente redução de preço ao cidadão, com ganhos de diversificação e segurança energética ao País, comenta Ricardo Barros, vice-presidente de Geração Centralizada da Absolar.

“Na prática, a eventual exclusão da fonte solar fotovoltaica desses leilões seria injusta e prejudicial ao consumidor, que teria de pagar uma energia mais cara e, muitas vezes, mais poluente,” acrescenta.

O novo patamar de competitividade da fonte solar fotovoltaica no País foi observado pela primeira vez no Leilão de Energia Nova A-4, em 18 de dezembro de 2017. O auge, no entanto, ocorreu no LEN A-4 de 2018, quando a contratação atingiu o preço de 118,07/MWh (equivalente a US$ 35,25/MWh), um dos mais baixos entre as renováveis no Brasil. Com um forte deságio de 62,2%, a solar vendeu a preços inferiores aos praticados, por exemplo, por CGHs, PCHs e termelétricas a biomassa.

Na avaliação da Absolar, o ganho de competitividade da fonte é fruto da redução de preços dos equipamentos, recuperação da moeda brasileira frente ao dólar e acirrada competição entre os empreendedores.

Com a nova faixa de preços da fonte solar fotovoltaica verificada nos leilões de 2017 e 2018, tornando-a uma das opções mais competitivas para novas contratações no país, a ABSOLAR solicitou ao Ministério de Minas e Energia (MME) e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) o aprimoramento do planejamento de contratação para a fonte, descrito no Plano Decenal de Expansão de Energia 2027 (PDE 2027).

“O MME e a EPE estabeleceram um cenário no PDE 2027 no qual desafiaram o setor solar fotovoltaico a reduzir seus preços em aproximadamente 40% até 2023. Cumprimos esta meta, demonstrando na prática o ganho de competitividade da fonte, e ainda antecipamos esta redução de preços em mais de cinco anos, em benefício de toda a sociedade brasileira. Desse modo, cabe ao Governo Federal fazer a sua contrapartida e ampliar os volumes de contratação anual da fonte na nova versão do PDE prevista para este ano”, detalha Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar.