A terça-feira (24) foi simbólica para a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (CCS) por dois motivos: primeiro, porque 24 de julho é o Dia do Suinocultor; segundo, porque a entidade completou 59 anos. Em publicação, a entidade comemorou as atividades desenvolvimentos ao longo desse tempo e o sucesso da suinocultura de Santa Catarina.
Apesar da pequena faixa territorial, representando pouco mais de 1% do território brasileiro, Santa Catarina é uma potência quando o assunto é suinocultura. Das mais de 3 milhões de toneladas de carne suína produzidas no Brasil em 2017, os catarinenses foram os responsáveis por 26,83% da produção e por 40,28% das exportações, consolidando-se como o maior produtor e exportador nacional da proteína animal.
Hoje a carne suína produzida pelos nossos suinocultores alimenta milhares de consumidores no Brasil e atende a demanda dos mercados internacionais mais criteriosos do mundo. O trabalho que começa lá no campo é responsável também por promover o desenvolvimento econômico de Santa Catarina e do Brasil.
“Mas para que o Estado se tornasse a referência produtiva que é hoje, foram necessários muitos anos de trabalho, que envolveu produtores, agroindústrias, lideranças governamentais e entidades representativas”, afirma a ACCS.
A entidade teve fundamental participação na construção do organizado sistema produtivo que conhecemos atualmente. Desde o dia 24 de julho de 1959, data de sua fundação, as personalidades que fizeram parte da história trabalharam diuturnamente para o melhoramento genético dos animais, para promover os benefícios do consumo da carne suína para a população, além de intermediar o diálogo entre produtores e as indústrias.
Com a união de homens visionários, a ACCS foi a pioneira no melhoramento genético dos suínos com a inauguração da primeira Central de Sêmen do Brasil. O feito foi fundamental potencializar a produtividade dos suinocultores catarinenses e assegurar a sanidade animal no Estado.
O esforço coletivo para profissionalizar a suinocultura fez com que Santa Catarina se tornasse a primeira unidade federativa brasileira livre de febre aftosa sem vacinação e de peste suína clássica, com o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Com o status sanitário diferenciado, o Brasil tem condições de negociar com o mercado internacional.
Evolução e mudanças
Em meio a muitas décadas de conquistas, lutas e vitórias para o sistema produtivo, a ACCS continua inovando dia após dia, sempre com foco na melhoria do status sanitário de Santa Catarina e na harmonia entre os elos da cadeia produtiva.
Com uma forma moderna de fazer gestão e com uma equipe enxuta de colaboradores, a entidade tem uma estrutura completa para bem atender as demandas dos empresários da atividade rural.
CDG-ACCS
Em 2016, a atual gestão da ACCS inovou mais uma vez com a reconstrução da Central de Difusão Genética (CDG-ACCS), uma das primeiras do país dentro dos padrões do bem-estar animal.
A estrutura localizada na comunidade de Fragosos, em Concórdia, tem capacidade para alojar 146 machos das principais genéticas do mercado. As doses de sêmen produzidas na Central da ACCS atendem suinocultores de todas as regiões de Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul.
Com equipamentos de última geração e prezando sempre pelas questões sanitárias, a ACCS continua cumprindo um de seus propósitos, que é entregar produtos de alta qualidade aos suinocultores, impactando diretamente na melhoria de sua produtividade.
Coasc
Ao longo de sua trajetória, a ACCS também foi uma grande apoiadora do sistema cooperativista, que através da união, faz uma sociedade mais forte. Com o objetivo de amparar os suinocultores independentes, a ACCCS fundou a Cooperativa Agroindustrial dos Suinocultores Catarinenses, a Coasc, no dia 13 de fevereiro de 2014.
A cooperativa foi fundamental, por exemplo, em épocas de crise, oferecendo insumos de qualidade e com preço justo aos produtores.
O diferencial comercial da cooperativa é tão grande, que no início de 2017 foi inaugurada a AgroCoasc. A primeira loja agropecuária da marca está localizada no coração de Concórdia e tem uma grande variedade de preços e produtos.
Participação política
Seja na esfera municipal, estadual ou federal, a ACCS tem forte participação na política em busca das melhores condições para os suinocultores produzirem. Em 2013, os parlamentares catarinenses aprovaram a criação da Frente Parlamentar da Suinocultura, uma proposta da ACCS que tem como objetivo agilizar as os pleitos propostos para melhorar o setor.
Lei de integração
Atuando como mediadora nas Comissões de Acompanhamento e Conciliação da Integração, a ACCS acompanha de perto a relação entre produtores e integrados para que a Lei de Integração seja cumprida. Através de uma lei específica, integradoras e seus integrados têm direitos e deveres assegurados.
Salário educação
No ano de 2010 a ACCS ingressou com uma ação coletiva para que os produtores empregadores rurais deixassem de pagar o imposto “salário-educação”, que incidia sobre a folha de salários à alíquota de 2,5%.
Em 2015 o processou terminou com ganho de causa para a ACCS, permitindo que todos os produtores empregadores rurais deixassem de pagar o imposto, além de terem os valores pagos indevidamente restituídos.
A partir de então, vários empregadores rurais do Estado de Santa Catarina vem se beneficiando através desta decisão, sendo que até o momento já foram recuperados quase R$ 3 milhões.
Encontro de material genético
Na última década, a ACCS estreitou os laços com os proprietários das granjas de material genético com a realização do Encontro de Produtores de Material Genético do Estado de Santa Catarina. Essa é uma oportunidade para a troca de conhecimento e também oportunizar momentos de lazer para os produtores e suas famílias.
Leilão de suínos
A entidade também foi precursora na realização do 1º Leilão de Suínos transmitido ao vivo pelo Canal Rural – uma experiência inédita no país. O fato memorável ocorreu durante a ExpoConcórdia 2015.
A certeza de que o leilão seria um sucesso se confirmou pelo potencial genético dos produtores catarinenses, em especial das granjas Bagdá, Canadá, Embrapa Suínos e Aves e Suruvi que participaram do leilão e que tiveram 100% dos animais comercializados.
Comunicação e inovação
Hoje a ACCS distribui informações para milhares de pessoas ao redor do mundo através de seus canais de comunicação, sempre com o intuito de aumentar a visibilidade da proteína animal mais consumida ao redor do mundo.
Compromisso renovado
Inovação, dedicação e muito trabalho. Esses são os principais atributos que posicionam a ACCS como uma das entidades mais representativas da suinocultura brasileira. Na data em que comemoramos 59 anos, renovamos o nosso compromisso em trabalhar muito em prol do desenvolvimento da atividade em Santa Catarina. O apoio dos nossos produtores, indústrias e lideranças setoriais, nos fornece energia para construir uma entidade ainda mais forte.