Agricultores argentinos comercializaram 15,2% da safra 2021/22 de soja do país em sete dias, após o governo implementar uma taxa de câmbio mais favorável para as vendas de grãos em setembro, informou nesta quarta-feira a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR).
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja e, até o mês passado, seus produtores retinham mais soja do que o habitual, dado o contexto econômico argentino incerto, que inclui uma inflação prevista para todo o ano de 2022 em torno de 95%.
A safra argentina está estimada em 44 milhões de toneladas.
“Desde a implementação do Programa de Aumento das Exportações, até terça-feira (13), acumularam 6.680.036 toneladas”, informou a BCR em relatório, que indicou que utilizou dados oficiais para elaborar seu cálculo.
Desde segunda-feira (5 de setembro), por medida do governo, os agricultores receberão durante o mês corrente uma taxa de câmbio de 200 pesos para cada dólar por suas vendas de soja, acima dos 142,8 pesos do câmbio interbancário.
A Argentina, cuja principal receita provém das exportações agrícolas, precisa reforçar suas reservas cambiais em um programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI), por isso as vendas de soja pelos produtores são fundamentais.
Segundo o Ministério da Agricultura, até quarta-feira da semana passada, os agricultores do país tinham vendido 56,9% do total de soja 21/22, aproximando-se da taxa de vendas de grãos na mesma época do ciclo anterior (63,9% do total).