A Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (SINDIAVIPAR) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) apresentaram um conjunto de medidas propositivas aos governadores que fazem parte do CODESUL – Conselho de Desenvolvimento do Extremo Sul – reunidos em Chapecó nesta semana.
O documento é assinado por José Antônio Ribas Júnior, vice-presidente da ACAV; José Eduardo dos Santos, presidente executivo da ASGAV/SIPARGS e Irineo da Costa Rodrigues, presidente do Sindiavipar, e foi entregue, em Chapecó, aos governadores pelo diretor executivo da ACAV Jorge Luiz de Lima.
As medidas propositivas estão orientadas para o desenvolvimento do setor agroindustrial e envolvem ações privadas e públicas, que visam manter e expandir as cadeias produtivas, gerar emprego e renda e fazer com que a atividade permaneça reconhecida como de excelência no Brasil e no mundo.
De acordo com os representantes, são necessárias adequações estruturais para que o setor mantenha sua importância e crescimento orgânico, visto que o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano em cidades que possuem o agronegócio é maior que em outras. Por isso, as entidades de representação da agroindústria pedem atenção especial para cinco pontos: (i) fomento aos projetos ferroviários e rodoviários para o abastecimento de grãos; (ii) linha de crédito para reservação de água da chuva e geração de energia solar nas propriedades rurais; (iii) incentivo financeiro ao plantio de cereais de inverno, vinculado ao fornecimento às agroindústrias; (iv) previsão orçamentária para investimento e custeio das entidades de controle sanitário animal e vegetal dos estados, considerando os status sanitários alcançados e (v) ampliação à conectividade no campo.
Os Estados que compõe o CODESUL respondem por praticamente 70% de toda a produção de aves e por 80% da produção de suínos do País. O setor agroindustrial dos Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul representa importante papel de destaque no cenário econômico do Brasil e do mundo. Especificamente as agroindústrias geram mais de 250.000 empregos diretos e, indiretamente, sustentam outros 2 milhões de empregos. A indústria avícola dessa região abate diariamente mais de 16 milhões de aves.
No mesmo sentido são produzidos anualmente mais de 7 milhões de toneladas de produtos industrializados, com aproximadamente R$ 14 bilhões de ICMS gerado. Apenas no ano de 2021, as agroindústrias investiram diretamente mais de R$ 10 bilhões em ampliações e novas plantas industriais. O setor permite produção de qualidade, agregação de renda e a fixação do homem ao campo, onde mais de 80.000 famílias vivem da atividade. As agroindústrias representam uma forte fonte do PIB dos Estados e por grande volume da pauta de exportações.
Os Estados que compõe o CODESUL ocupam os 3 primeiros lugares na produção de aves e suínos do Brasil, o que os habilita para exportar para mais de 140 países na Ásia, Europa, Américas, África e Oceania. O Brasil é o líder na produção e exportação mundial de aves.
Apesar desse quadro de expansão e investimentos, algumas adversidades desafiam as agroindústrias, como estiagens prolongadas, vendavais, problemas de conservação de rodovias, preço de grãos e insumos de produção, custo de fretes, dentre outros.
De acordo com ACAV, SINDIAVIPAR e ASGAV, “as medidas propositivas apresentadas visam associar as ações que já estão sendo feitas no âmbito privado às políticas públicas, fazendo com que as diretrizes caminhem no mesmo compasso e na mesma direção, indo ao encontro do setor agroindustrial e da população dos Estados que compõe o CODESUL, na busca do desenvolvimento pleno e sustentado”.