Na entrega do II Prêmio Vencedores do Agronegócio, no tradicional “Tá na Mesa” da Federasul, o presidente-executivo da ABPA e ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, abordará a necessidade de o Brasil, terceiro maior exportador agrícola mundial, planejar o seu agronegócio para atender os desafios dos próximos 15 anos.
“Estamos no limiar de um novo ano, a partir do qual se marcarão no calendário os próximos 15 anos: nossos olhos já estão voltados para 2030! Precisamos planejar o futuro.
A demanda por alimentos deverá crescer 70% até lá, com a incorporação de três bilhões de pessoas à classe média. Diariamente, 180 mil pessoas migram da zona rural para as cidades, e 200 mil bocas adicionais precisam ser alimentadas”, diz Turra. De acordo com ele, “estamos frente ao desafio de produzir mais, para atender ao aumento do consumo de alimentos, com recursos naturais mais limitados e tendo de driblar as consequências das mudanças climáticas.
Notícias Relacionadas
Por isso, o Brasil, potência agropecuária, precisará estimular o desenvolvimento de novas tecnologias para produzir mais com menor uso de recursos, lidar com segurança alimentar, identificação, rastreabilidade e sustentabilidade socioambiental; fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias e culturas adaptadas às realidades locais, em sintonia com as mudanças climáticas. Os produtores terão de aumentar a capacidade de adaptação a elas.
A boa notícia, destaca Turra, é que no Brasil há tecnologias disponíveis para se produzir com segurança ambiental. Com novos rearranjos produtivos, muita área de pastagem utilizada de forma ineficiente na produção animal poderá ser liberada para a produção vegetal, com aumento na eficiência produtiva da pecuária brasileira, diz o presidente da ABPA. Turra valoriza o pilar da agregação de valor, com a verticalização das cadeias produtivas, a adoção de boas práticas agrícolas, a descarbonização da produção, o uso eficiente dos recursos naturais e a inclusão social.
O presidente-executivo da ABPA vê o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, nos próximos 15 anos, com otimismo: “com desenvolvimento sustentável, competitividade, orientação a mercados, segurança jurídica e governança institucional, o Brasil estará apto para o seu próximo salto de qualidade na agricultura e no agronegócio”.
