A Associação Goiana de Suinocultores (AGS), apoiada pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG)colocou em prática no início deste ano o Observatório de Goiás, organizado para coletar informações e dados concretos sobre a suinocultura independente local, incrementando assim a comercialização do suíno vivo no estado. Cerca de 11 granjas já aderiram à iniciativa, representando 12 mil matrizes dentro do universo de 35 mil independentes presentes no estado.
Segundo a Gestora Executiva da AGS, Crenilda Neves, há uma defasagem no mapeamento da suinocultura em Goiás, que hoje utiliza como referência o valor da bolsa de Minas Gerais. “Queremos que os produtores tenham argumentos para trabalhar a questão dos preços, além de melhorar o relacionamento entre os suinocultores e a Associação.”
Os dados são coletados automaticamente através do sistema de controle zootécnico S2 e S4 da Agriness, que quantifica informações como o número de animais, média de peso, mantendo o sigilo e a anonimidade de cada produtor participante. Os produtores que ainda não possuem o software da Agriness e tem interesse de participar da plataforma devem entrar em contato direto com a AGS para obter mais informações. Com cerca de 11 granjas atuantes no projeto, a meta é que até o final do mês de abril o número de aderência de granjas seja de no mínimo 30 propriedades, para que os dados coletados possam refletir o real cenário da produção local.
Como participar do observatório?
A participação dos suinocultores goianos independentes é indispensável, gratuita e muito simples. O primeiro passo é preencher um formulário para cadastro na plataforma através deste link: https://goo.gl/mLE5y8. Depois o produtor precisa entrar em contato com a Agriness, através do telefone (48) 3028-0015, para atualizar a versão do S2 ou S4 para uma compatível com a plataforma BSim/BSEMG, cedida pela ASEMG para a AGS, e pronto, os dados serão reunidos e analisados pelo consultor de mercado, Iuri Pinheiro Machado. A ideia é que essas informações possam servir como um grande mapeamento que posteriormente será utilizado na criação de uma bolsa de suínos para o estado de Goiás. A bolsa é um mecanismo de precificação que municia os suinocultores com informações relativas ao mercado no qual estão inseridos, melhorando as negociações.
Para o Presidente da AGS, Eugênio Arantes, a criação do observatório e futuramente da bolsa representa um avanço muito significativo para a suinocultura do estado. “Queremos melhorar o ambiente de negociação do suinocultor na comercialização do suíno vivo. Tal instrumento possibilita a recepção de dados disponibilizados pelos suinocultores, referentes às suas atividades que juntamente com outros dados de mercado servem de base para negociarem uma referência de preço para o suíno vivo, em conjunto com os representantes das indústrias. Desta forma, passarão a ter informações específicas da atividade, bem como de outras necessárias a avaliar as condições de mercado e efetuar os melhores negócios” explica.
Essa iniciativa está prevista no plano de trabalho elaborado junto a ABCS e vem sendo desenvolvida com apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), da ASEMG e da Cooperativa de Suinocultores e Avicultores do Estado de Goiás (COOPERSAG).
O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, elogia a iniciativa da associação de Goiás e frisa a importância da união e cooperação entre as entidades do Sistema ABCS para a evolução da suinocultura brasileira. “A ABCS acredita muito no trabalho conjunto e a criação do observatório, liderada pela AGS, é um exemplo de como nossa cadeia está comprometida em se aprimorar e se conectar com os suinocultores para impactar positivamente nos negócios e na atividade como um todo”.