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Sindirações

Alimentação animal deve crescer 4,1% em 2014

Pelo segundo ano consecutivo, o setor de alimentação animal registra um leve aumento em sua produção, segundo dados do Sindirações.

Alimentação animal deve crescer 4,1% em 2014

Pelo segundo ano consecutivo, o setor de alimentação animal registra um leve aumento em sua produção, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações. A expectativa é de que o segmento feche o ano com 4,1% de crescimento. De janeiro a setembro deste ano, foram produzidas 48,5 milhões de toneladas ante 46,8 milhões de toneladas de ração no mesmo período de 2013, um crescimento de 3,6%. Já em relação à produção de sal mineral, o aumento foi maior e alcançou 10% no mesmo período de comparação.

“Apesar da incerteza econômica que a indústria brasileira está passando com a recente eleição presidencial, o agronegócio manterá seu ritmo, pois é mais influenciado por fatores extrafronteira, dentre eles, a modulação do câmbio na importação de insumos e exportação dos gêneros agropecuários, a precificação das commodities agro/minerais e o dinamismo dos parceiros comerciais internacionais”, ressalta Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações.

Mesmo com as dificuldades enfrentadas com o cenário econômico, como a demora nas inspeções para obtenção do licenciamento de instalação e funcionamento dos empreendimentos, renovação de certificados para exportação, a não desoneração de PIS/COFINS, a indústria de alimentação animal atendeu aos estímulos da cadeia produtiva e deve fechar o ano com produção em torno de 67 milhões de toneladas de rações, alimentos para cães e gatos e sal mineral em 2014, com destaque para os setores de peixes, aquicultura e gado de leite e de corte.

Para Zani, 2015 será um ano de incertezas e promete ser bastante atribulado exigindo das autoridades públicas, sem distinção, compromissos na reversão da crise doméstica e no combate à estagflação e corrupção, enquanto dos empreendedores e colaboradores, respectivamente, serão demandadas compreensão e esforços na modulação da geração e manutenção dos empregos e o possível repasse salarial, frente às tantas dificuldades. “Diante deste cenário qualquer previsão para o próximo ano, será apenas prática de mera futurologia”, conclui o executivo.

Avicultura de Corte
De  janeiro  a  setembro,  o  alívio  no  custo  da  alimentação  da  avicultura  de  corte  devolveu
rentabilidade  ao  produtor  que  culminou  na  demanda  de  23,1  milhões  de  toneladas  de  rações, embora  o  alojamento de pintainhos  manteve estabilidade  e a produção de carne  de frango  cresceu ligeiramente.  Ainda  que  seja  observado  repique  dos  preços  do  milho  e  do  farelo  de  soja  em novembro,  a  aproximação  das  festas  de  fim  do  ano,  pagamento  do  13°  salário  e  consequente aumento  no  consumo  podem  culminar  na  produção  de  31,3  milhões  de  toneladas  de  rações  em 2014, um crescimento da ordem de 3,4% em relação a 2013.

Avicultura de Postura
A  produção  de  rações  para  galinhas  de  postura,  por  sua  vez,  somou  4,3  milhões  de  toneladas  de janeiro  a  setembro,  embora  a  exportação  de ovos  seguisse  reduzida  em  mais de  20%  e os  preços pagos aos produtores  não fossem animadores.  O arrefecimento no custo de milho e farelo de soja, apurado em boa parte do ano e o alojamento das pintainhas que no primeiro semestre cresceu mais de  10%,  pode  ainda  redundar  na  demanda  de  5,7  milhões  de  toneladas  de  rações  em  2014,  um crescimento de 4,6% em relação a 2013.