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Produção

Alimentação em risco

<p>Para FAO, planeta deve produzir 70% a mais de alimentos até 2050 para suprir uma população de 2,3 bilhões de pessoas.</p>

O mundo precisará produzir 70% a mais de alimentos até 2050 para alimentar uma população extra projetada em 2,3 bilhões de pessoas, de acordo com a Agência para Agricultura e Alimentos (FAO, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas.

Em documento divulgado ontem (23/09), a organização aponta que a demanda global por cereais destinados à alimentação humana e animal deverá subir para 3 bilhões de toneladas nesse período, e mais ainda será necessário para atender à indústria de biocombustíveis. De acordo com a agência, isso representaria uma elevação de quase 1 bilhão de toneladas, já que a produção de cereais no mundo hoje soma cerca de 2,1 bilhões de toneladas.

A produção de carnes, por sua vez, deveria crescer em mais de 200 milhões de toneladas para alcançar os 470 milhões de toneladas que a FAO estima serem necessárias para 2050. “Mas estamos cautelosamente otimistas com o potencial do mundo em conseguir se alimentar em 2050”, disse Hafez Ghanem, diretor-geral-assistente da FAO, que é sediada em Roma. Ghanem acrescentou, porém, que as mudanças climáticas e o advento dos biocombustíveis podem ser uma grande ameaça à agricultura.

Segundo a organização internacional, os investimentos em agricultura e na melhoria dos acessos aos alimentos também devem ser incrementados. Caso contrário, 370 milhões de pessoas ficarão sem alimentos até 2050 (ou 5% da população mundial). Até o fim deste ano, 1 bilhão deverão enfrentar a fome.

A área de terra agricultável também mereceu atenção no documento divulgado ontem pela FAO: a expansão terá de se dar em cerca de 120 milhões de hectares nos próximos 40 anos em países em desenvolvimento, principalmente na América Latina e na África Subsaariana.

Outro desafio para os anos que virão será tornar agricultáveis porções de terra que hoje não estão em uso por contaminação química ou falta de infra-estrutura, lembrou o documento.

Mais em www.fao.org