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APA: Influenza aviária não representa risco em eventos científicos no Brasil

Comissão organizadora do XX Congresso e Ovos – APA 2023 divulgou nota sobre a segurança sanitária no evento

APA: Influenza aviária não representa risco em eventos científicos no Brasil

A Comissão organizadora do XX Congresso e Ovos – APA 2023 divulgou uma nota na quarta-feira (22/03) reiterando que os casos de Influenza Aviária na América Latina não representa risco em eventos científicos no Brasil. Confira o texto na íntegra:

A ocorrência da Influenza aviária em países vizinhos ao Brasil vem despertando atenção de avicultores, manifestando preocupação em participar do XX Congresso da APA a ser realizado entre 13 e 16/03/2023 em Ribeirão Preto/SP. 

Reitere-se que:
1. A detecção do vírus de IA na Bolívia, Argentina e Uruguai, foi realizado a partir de aves silvestres aquáticas. Mencionar que este vírus tem sua importância restrita em aves e, para que o humano se infecte é necessário que exista contato direto entre uma ave enferma e a pessoa. A despeito da distância entre os locais de isolamentos e o Brasil serem próximos, não houve até a presente data, a detecção do vírus em território nacional. 

2. Então, até o momento, o Brasil é pais livre de IA e caso o vírus venha a ser introduzido, as primeiras possíveis aves a serem infectadas serão as aves silvestres
comuns nestas áreas. 

3. A vigilância ativa para IA está em execução em todo o país e intensificado neste momento. Entende-se por vigilância “atividade que objetiva detectar precocemente a presença de um patógeno exótico para o país”. Caso venha a ser detectado, introduz-se imediatamente medidas de contenção no ponto de entrada do vírus de IA no Brasil. Está em execução o Plano Ministerial de Vigilância da Influenza Aviária e da doença de Newcastle (MAPA, 2022)

Cabe ressaltar alguns pontos:

1. A IA nos nossos países vizinhos não tem manifestado caráter de epidemia propagativa, ou seja, está caracterizada pela ocorrência em alguns poucos animais mortos detectados, particularmente aves aquáticas silvestres (patos de lagoas). 

2. O vírus da IA apresenta baixa resistência às condições do meio ambiente e, para que seja transmitido através calçados ou roupas, há a necessidade que a transmissão ocorra em poucas horas, tempo suficiente para manter o vírus viável que depende da presença de umidade e matéria orgânica. 

3. À guisa de ilustração, mencione-se a Feira de Atlanta/USA, ocorrida em fins de janeiro que foi visitada por centenas de brasileiros, e pessoas de outros países que tiveram isolamento comprovado do vírus da IA, inclusive em planteis comerciais. USA é país endêmico para IA de alta patogenicidade para as aves e, no momento, está enfrentando surtos da doença em aves comerciais e em aves silvestres. É certo que não houve introdução do vírus da IA no Brasil com a participação dessas pessoas na feira de Atlanta.

Tudo quanto foi acima descrito, deve-se ao fato do vírus da Influenza aviária apresentar baixa resistência às condições do meio ambiente, pois trata-se de vírus cujo ambiente primordial são as zonas frias e não resistem facilmente às condições de temperatura de zonas tropicais e subtropicais. 

Mesmo assim, todos os participantes do Congresso ao retornarem às suas atividades, devem tomar todas as medidas preventivas de biosseguridade para visitarem granjas nos dias subsequentes.

Por tudo acima descrito, estaremos de braços abertos para recepciona-los em Ribeirão Preto.

*Comissão organizadora do XX Congresso e Ovos – APA 2023