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Apenas 6,2 milhões de bois estão certificados pelo novo Sisbov

<p>A pouco mais de 60 dias da chegada de uma missão técnica da UE que vai vistoriar as condições sanitárias do País, umas das principais exigências feitas para continuar importando a carne brasileira, está distante de ser atendida.</p>

Redação (14/08/07) –  Até agora apenas 6,2 milhões dos 201,4 milhões de bovinos e bubalinos do País estavam certificados pelo novo Sisbov (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos).

A UE, principal cliente do País, exige que a carne que compra seja rastreada desde o nascimento ao abate do animal. Até junho, o mercado europeu foi responsável por 33% das exportações de carne "in natura" brasileiras. O equivalente a 191,7 mil toneladas. Os embarques brasileiros para os países da Europa de carne industrializada representou 45% do total das vendas brasileiras.

Para atender a esse requisito, o Brasil mudou seu sistema de rastreabilidade. Desde janeiro, o produtor é obrigado a comunicar aos órgãos sanitários e às certificadoras qualquer movimentação do rebanho rastreado no prazo de 30 dias. As certificadoras, por sua vez, têm 72 horas para reportar ao Sisbov, que é controlado pelo governo. O novo sistema guarda todas as informações relativas ao animal.

O antigo Sisbov, vigente desde 2002, rastreou 72,9 milhões de animais, mas com critérios são mais flexíveis. Não havia prazo para comunicar a movimentação do gado e o monitoramento não era completo.

De acordo com o Ministério da Agricultura, nas últimas semanas o novo sistema tem apresentado alta taxa de registros diários de novos animais (47 mil animais diários em julho). Apesar do baixo número total de registro, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, acredita que a metade do rebanho brasileiro será rastreada até o fim do ano.

Segundo o ministro, esse novo sistema não admite duplicidade de registros, por isso, espera que esse novo cadastro, que é mais eficiente, alcance 50 milhões de animais. O presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, acredita que o Brasil conseguirá atender a todas as exigências da UE. "A cadeia produtiva está consciente de que precisa seguir as regras de certificação para manter as vendas ao mercado externo". Para Nogueira, o País atenderá às exigências.