É possível gerar etanol a partir da casca do eucalipto. Este é o resultado de uma pesquisa inédita no mundo, realizada por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). A ideia é utilizar mais de sete milhões do resíduo que sobra da madeira utilizada na indústria de papel e celulose. Se tudo der certo, a previsão é que o novo etanol chegue ao mercado em no máximo em 10 anos.
No Brasil, existem mais de 4,5 milhões de hectares de eucalipto. Cada 30 milhões de toneladas de madeira geram sete milhões de toneladas de casca de eucaliptos. De acordo com pesquisadores, uma tonelada pode produzir 200 mil litros de etanol. A quantidade é muito parecida com a cana, até mesmo o de segunda geração, e isso pode dar um incremento no biocombustível.
Cada hectare de eucalipto produz 2,6 mil litros de etanol. Um hectare de cana produz seis mil litros de etanol. O etanol de casca de eucalipto é mais uma fonte de energia alternativa, mas não concorre com o etanol da cana, já consolidado no mercado.
Este é um dos temas que serão debatidos na sexta edição do Congresso Internacional de Bioenergia, evento que acontece de 16 a 19 de agosto de 2011, no Centro de Eventos da FIEP, em Curitiba.
O eventos, promoção da Federação das Industrias do Estado do Paraná, SENAI e Remade, contará com importantes palestrantes do Brasil e do exterior que darão uma visão real do estágio atual e perspectivas das energias renováveis em nosso País, bem como a introdução de novas tecnologias.
Paralelamente ao Congresso acontecem quatro eventos: Seminário de Atualização no Uso de Biomassa para Energia; Workshop Cadeia Produtiva do Biodiesel; Workshop Biocombustíveis e a Agricultura e a quarta edição da BioTech Fair, feira que reúne serviços e tecnologia voltada a produção e controle de energias renováveis.