A maior demanda externa por carne de frango impulsiona os preços internos do produto, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
“Além do incremento na demanda, os elevados custos de produção – desde os insumos na criação de pintinhos, passando pela ração (milho e farelo de soja), até custos com transporte e da indústria (como combustíveis e energia elétrica) – levam agentes do setor a repassarem tais reajustes aos valores de venda de seus produtos”, disse o centro de estudos em relatório sobre o mercado. A maior alta no preço médio mensal foi da coxa com sobrecoxa congelada, de 22,5% de fevereiro para março (até o dia 30), para R$ 7,35/kg. No comparativo anual (março/21 para março/22), o avanço real é de 1,6% (as médias mensais foram deflacionadas pelo IPCA de fevereiro/22).
No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro congelado subiu 21,8% no período, para uma média de R$ 7,08/kg. Em um ano, a valorização é de 6,6%, em termos reais. Segundo o Cepea, em Toledo (PR) o inteiro congelado foi comercializado à média de R$ 8,11/kg em março, aumento de 17,6% ante fevereiro e de 6,3% na comparação com março/21.
“O aumento na demanda por carne e a expectativa do setor de que o cenário se mantenha aquecido vêm resultando em maior procura por pintainhos para alojamento. No Paraná, o produto teve média de R$ 2,05/cabeça em março, elevações de 9,3% no mês e de 11,2% no ano, em termos reais (neste caso, as médias foram deflacionadas pelo IGP-DI de fevereiro/22)”, afirmou.
No caso do frango vivo para abate, no Estado de São Paulo o preço médio é de R$ 5,49/kg, avanço de 13,7% na comparação com fevereiro e incremento de 6,3% frente a março/21, em termos reais.