Por Daniel Franco e Hélio Grassi Filho
O aumento populacional acentuado nas últimas décadas tornou a produção de alimentos um desafio ao agronegócio. Esse desafio consolidou-se ao mesmo tempo em que a suinocultura abriu fronteiras, devido principalmente a sua grande eficiência na produção de proteína em pequenas áreas. O aumento da produção de suínos também se acentuou a partir dessas últimas décadas, sendo que o Sul do Brasil concentra a maior parte da produção nacional e, consequentemente, o aumento da quantidade de dejetos provenientes desse tipo de produção confinada.
Esses dejetos, quando mal manejados e sem tratamento, podem oferecer risco ao meio ambiente devido a alta concentração de alguns nutrientes e bactérias do grupo Coliformes (CERETTA et, al., 2005). Do ponto de vista ambiental, os dejetos possuem alto poder poluente devido a DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), que é em torno de 30.000 a 52.000 mg L-1, 260 vezes mais alto se comparado ao esgoto doméstico que é em torno de 200mg L-1. Portanto, fica evidenciado o grau poluente deste insumo (ASSIS, 2004).
No entanto, os dejetos de suínos também podem se tornar um insumo agrícola. O seu aproveitamento na fertilização de lavoura é antigo e uma alternativa ao produtor. Este insumo pode ser reciclado pelo solo evitando risco de sua infiltração e contaminação de lençóis freáticos e mananciais e, para que isto ocorra, os dejetos devem ser utilizados na quantidade de nutrientes que seja extraído pelas plantas (SEGANFREDO, 2004).
Confira o artigo completo na Edição 300 da Revista Suinocultura Industrial