Redação (03/08/06)- A dívida com credores e fornecedores, orçada inicialmente em R$ 1,4 bilhão, foi reduzida para cerca de R$ 360 milhões com a descapitalização. Os valores das Cédulas de Produto Rural (CPR) não terão acrescidos os juros de 11,5% ao mês, em média, prometidos na aquisição dos documentos.
Os credores terão acrescidos somente 12% ao ano até a data de início da recuperação judicial e após a data, correções monetárias. A segunda parte dos débitos refere-se ao pagamento dos vencimentos trabalhistas com teto de cinco salários mínimos que deveriam ter sido pagos no dia 13 de junho.
IRREGULARIDADE Diante da possiblidade de não receber dinheiro investido, pessoas ainda não identificadas tomaram veículos da Master no momento da crise. Segundo Sérgio Crispim, esses valores somam R$ 3,5 milhões. Também foram retirados computadores portáteis. O administrador judicial diz que, caso os portadores dos automóveis não devolvam os bens nos próximos dias, a Justiça será acionada e os envolvidos responderão por apropriação indébita.
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Atualmente, são mantidos no Frigorífico Struthio Gold 15 toneladas de carne de avestruz e outras mil peças de couro. O preço do quilo do material varia entre R$ 25 e R$ 30. As estruturas do abatedouro são avaliadas em R$ 20 milhões. Os abates seguem de maneira irregular no frigorífico desde a decisão de falência da Avestruz Master na quinta-feira.
Cerca de 90% dos gastos da administração que antecedeu a falência foram revertidos em benfeitorias, no caso o frigorífico. Sérgio Crispim revela o interesse de criadores de aves, não ligados à Avestruz Master, em abater os animais na estrutura do Struthio Gold. Abater em outra localidade envolve mais custos, justifica.
