Redação (11/12/2008)- A notícia foi divulgada em primeira mão no IX Congresso Brasileiro de Estrutiocultura, que foi realizado no dia 03 de Dezembro de 2008, no auditório Neuza Marcondes, no prédio da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, em São Paulo – SP.
A informação foi festejada com grande entusiasmo pelos participantes do evento, que comemoraram o feito como uma grande conquista do segmento, rumo à sua efetiva consolidação enquanto um agronegócio de cadeia produtiva sustentável.
O fato é uma dádiva mercadológica e cai como uma luva para o setor, chegando a soar como uma verdadeira fenix, pois, em grande parte a atividade se vê estrangulada pelo desbalanceamento entre as pontas da cadeia, ou seja, se produz muito mais do que se consome.
Além do aspecto inerente da saudabilidade da carne de avestruz, outro fator crucial que estimulou as nutricionistas da prefeitura de Campinas, a optarem pela carne de avestruz, foi o relativo preço baixo da carne de avestruz, onde atualmente, alguns cortes podem ser encontrados por valores semelhantes ao da carne bovina, por exemplo.
Valmir Brustolim, vice-presidente da Associação dos Empreendedores Paulistas da Estrutiocultura – AEPE, um dos maiores agro-empreendedores e entusiastas da atividade no estado, foi o feliz porta-voz da notícia, comentando na oportunidade que o fato reportado seria um divisor de águas para o setor.
"A carne de avestruz está sendo reconhecida como um alimento diferenciado, para compor uma dieta mais saudável na merenda escolar de jovens em fase escolar. Este reconhecimento terá um efeito multiplicador fantástico para a aculturação do consumo da carne de avestruz", sinaliza Brustolim.
As informações passadas no Congresso Brasileiro, indicam que a prefeitura de Campinas realizou uma rigorosa licitação pública, sendo que o primeiro lote comprado foi de 20 toneladas.
Brustolim fez questão de ressaltar que muito possivelmente outras prefeituras sejam encorajadas a praticar a mesma iniciativa da prefeitura de Campinas, e que devido a grande saída de produtores da atividade, talvez para 2009, já haja falta de carne de avestruz no mercado paulista, uma vez que a demanda gerada pelas prefeituras são imensas.
"Caso mais algumas prefeituras sigam o belo exemplo da prefeitura de Campinas, faltará carne de avestruz em 2009; se bem que este é um problema que estamos torcendo para que ocorra", brinca o empresário.
Luis Robson Muniz, presidente da Associação dos Criadores de Avestruzes do Brasil – ACAB, parabenizou todo o setor, comentando que os estrutiocultores de uma maneira geral, estão envidando esforços dentro da porteira, reduzindo os seus custos de produção, possibilitando um maior número de abates, o que consequentemente contribui para reduzir os preços da industrialização, e num efeito sinérgico, estão viabilizando uma maior competitividade da carne de avestruz no mercado brasileiro da proteína vermelha.