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Avestruz, o novo negócio

Assim como tornou-se potência na pecuária, na avicultura e na suinocultura, o Brasil pode tornar-se um dos maiores fornecedores de carne de avestruz.

Redação AI 13/10/2003 – 09h22 – Nova atividade em processo de formação no Brasil, a estrutiocultura vem surpreendendo com resultados produtivos.

Com plantel de 50 mil aves, o País exporta couro para Israel, EUA e México e comercializa plumas para a Europa. A carne fica no mercado nacional. Os volumes ainda não são expressivos, mas a aceitação internacional dos subprodutos e o potencial de consumo dessa carne exótica permitem prever um futuro promissor.

A estrutiocultura também segue leis rígidas relacionadas à importação e saúde. A importação para reprodução só é permitida de países autorizados pelo Ministério da Agricultura (MAPA).

Após a chegada ao Brasil, as aves ficam em quarentena quando são realizadas provas diagnósticas para várias doenças, como newcastle, influenza aviária, salmonelose e micoplasmose.

Uma tecnologia de sanidade e alimentação que ganha espaço é a israelense, que envolve criação, incubação e alimentação e proporciona manejo mais simples, com redução dos custos de produção.

Fazendo a lição de casa para fortalecer a estrutiocultura no País, os bons criatórios trabalham com fichas individuais de acompanhamento das matrizes, com informações sobre genética, sanidade, produtividade, acompanhamento veterinário e avaliação zootécnica.

Outra vantagem é o ciclo de vida da ave, que chega a 70 anos. Sua capacidade reprodutiva vai até aos 40 anos. As fêmeas botam entre 50 e 70 ovos por ano, com aproveitamento de 40%, o que significa que um casal de avestruzes tem condições de gerar entre 20 e 30 filhotes por ano, compensando o custo da aquisição e manutenção dos animais.

Por todos esses motivos, não tenho dúvidas de que a estrutiocultura representa um negócio promissor. Os criadores que já investem na atividade se convencem cada vez mais dos resultados, ampliando seus plantéis. Por outro lado, cada vez mais novos interessados investem no avestruz.