Redação AI (22/11/05) – Cerca de 50 avestruzes já morreram e estão espalhados pela fazenda. Outro avestruz agonizava por falta de alimentação adequada. Antes da crise as aves eram alimentadas três vezes ao dia. Hoje, apenas uma. Alguns piquetes estão sem água por falta de manutenção.
A Avestruz Master não pagou a conta de energia e a água chega ao local por bombeamento. A fazenda também está sem gerador de energia e cerca de 300 ovos férteis, que estavam na incubadora, foram destruídos. Os filhotes nasceriam em dez dias.
Segundo o veterinário responsável, Olivério Alves Neto, ainda existem cerca de três mil animais na fazenda de Palmas.
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Os piquetes onde ficavam os avestruzes foram abertos para que as aves possam pastar pela fazenda. Mas esta decisão pode não resolver o problema da fome dos animais.
Os animais são acostumados a comer em um horário determinado, uma ração pronta e balanceada e de repente estão comendo capim. Então, muitas doenças, muitas deficiências nutricionais e muitas conseqüências podem advir desse novo hábito para aqueles que sobreviverão explicou Alves Neto.
Em Goiânia a advogada da Avestruz Master Viviane Vaz disse que a comissão de investidores, autorizada a cuidar das aves, conseguiu a liberação de R$ 700 mil das contas da empresa que estão bloqueadas. O dinheiro será usado para pagar salários dos funcionários, conta de energia elétrica e compra de remédios e ração. Mas esse valor será usado apenas no Estado de Goiás.
Nós solicitaremos junto ao juiz a liberação de verba específica. Tanto que documentação que comprove o volume de aves que ainda remanescem na fazenda Avestruz Master e a quantidade de alimento necessário para manter essas aves disse Viviane.
O presidente da Avestruz Master permanece preso em Goiânia.
