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AveSui 2012

AveSui: Reunião entre entidades discute as principais pesquisas envolvendo antimicrobianos

Encontro aconteceu ontem (03/04) em São Paulo (SP), dentro da AveSui América Latina 2012, e reuniu representantes do Sindirações, Sindan, Ubabef, Abipecs, Alanac e Abiquifi.

O uso de antimicrobianos na alimentação animal foi tema de uma reunião realizada ontem (03/04) em São Paulo (SP), durante a AveSui América Latina 2012. Com foco em novas pesquisas, o debate reuniu representantes de diversas entidades ligadas à cadeia produtiva de carnes. “Promovemos uma reciclagem dos conceitos ligados ao uso responsável dos antimicrobianos na produção animal, apresentando as principais novidades em pesquisas; as quais demonstram a segurança e a necessidade de se utilizar estes elementos no objetivo de se garantir que os plantéis superem os desafios de campo e que o produto final oferecido tanto ao consumidor doméstico quanto internacional seja de alta qualidade”, explica Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).

O Sindirações é uma das entidades que juntas formam um consórcio para a discussão de temas de interesse ao setor produtivo, do qual foi a reunião de ontem. Participam também deste consórcio o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac) e Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi).

A utilização de antimicrobianos como aditivos nas rações sofre uma série de restrição, principalmente na União Europeia, que baniu o seu uso. Partindo do princípio da precaução, os europeus proibiram a inclusão deles na alimentação animal. A justificativa é que há um possível risco de transferência de resistência bacteriana para humanos via consumo de carne. “No Brasil, o governo se alicerça no princípio da certeza, da base científica. Portanto, não influencia muito esta postura da União Europeia”, compara Zani. “É claro que é legítimo que os europeus apliquem as medidas que julguem mais convenientes em seu território; são determinações que os exportadores brasileiros devem atender ao vender seus produtos para este mercado, mas temos nossas próprias pesquisas e temos a liberdade aqui de atuarmos dentro daquilo que o conjunto de regulamentos brasileiros determina”, reforça.

Segundo Zani, os representantes dos vários segmentos produtivos participantes da reunião entendem a Ciência como valor absoluto para a tomada de decisões. Caso pesquisas apontem algum risco potencial, qualquer insumo pode e será retirado de uso dentro da cadeia produtiva animal. “A indústria compreende esta questão e com certeza se antecipará a qualquer medida restritiva se a Ciência demonstrar um risco à saúde pública. Agora, enquanto as pesquisas científicas apontarem que há segurança, o setor industrial fará valer os seus direitos de uso racional destes elementos”, conclui Zani.

Aproximadamente 40 pessoas participaram da reunião, entre representantes das indústrias de produtos veterinários, de alimentação animal e das agroindústrias produtoras e exportadores de carnes de frango e suína.