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Sanidade

Avicultores da região de Orlândia aprendem a evitar entrada da Influenza Aviária em seus planteis

Com presença do secretário Arnaldo Jardim, o encontro teve como principal objetivo chamar atenção dos produtores sobre os riscos econômicos e sociais caso ocorra uma possível entrada do vírus H5N1. A doença não chegou ao Brasil, mas o trabalho é para evitar que isso ocorra.

Em busca de evitar a entrada da Influenza Aviária na avicultura paulista, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio de sua Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), realizou em Orlândia o seminário “Plano Paulista de Prevenção da Influenza Aviária”, apresentado aos avicultores da região. Com presença do secretário Arnaldo Jardim, o encontro teve como principal objetivo chamar atenção dos produtores sobre os riscos econômicos e sociais caso ocorra uma possível entrada do vírus H5N1. A doença não chegou ao Brasil, mas o trabalho é para evitar que isso ocorra.

A doença tem preocupado os criadores brasileiros depois da identificação de 223 focos da Influenza nos Estados Unidos, forçando, até agora, o sacrifício de 48 milhões de aves em 22 Estados. Até o momento, nenhum foco da enfermidade foi identificado em território brasileiro. “Confiamos no produtor, mas vamos fiscalizar. Todos devem se acautelar porque uma pessoa relapsa pode comprometer toda a cadeia de produção”, ressaltou Arnaldo Jardim.

O secretário destacou ainda que o Governo de São Paulo tem tomado medidas para impedir que a doença atinja os planteis paulistas e provoque prejuízo econômico ao forçar o sacrifício das aves, além de fechar as fronteiras de exportação, e prejuízo social por deixar em situação econômica delicada os produtores atingidos. “O governador Geraldo Alckmin nos orientou a fazer a lição de casa, estamos equipando nossos laboratórios para fazerem o diagnóstico da doença, realizando pesquisas sobre a Influenza e reforçando nossas medidas de defesa sanitária”, pontuou Arnaldo Jardim.

Para explicar melhor aos avicultores as consequências do H5N1 em suas propriedades, o médico veterinário Fernando Buchala, da CDA, orientou os produtores sobre como podem, por meio de medidas sanitárias corretas, evitar a Influenza em suas granjas. Buchala destacou que a população pode ficar tranquila, pois o H5N1 não chegou ao Brasil e, caso chegue, o Governo do Estado tem eficientes mecanismos de defesa sanitária animal para evitar riscos aos planteis e às pessoas.

O veterinário contou que “estamos aqui porque existe um interesse da cadeia produtiva em ter mais informações. O secretário encampou essa prevenção e o governador Geraldo Alckmin também está preocupado com a Influenza, mas cada um precisa fazer sua parte, o produtor precisa colaborar com a Secretaria”. Mensagem ouvida pela platéia de cerca de 130 pessoas formada por avicultores, lideranças rurais e colaboradores da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e da CDA.

Informando
A iniciativa da Secretaria em prevenir antes que a Influenza chegue e comprometa a avicultura paulista foi elogiada pela prefeita de Orlândia, Flávia Mendes Gomes, para quem “é muito mais importante quando você toma a iniciativa de se preparar para o problema, mesmo que não haja focos no Brasil. O secretário Arnaldo Jardim se mostra com visão ao trabalhar com prevenção e não esperar que a doença chegue e se instale”.

As informações levadas pela Secretaria foram bem recebidas também pelos maiores interessados em não deixar o H5N1 entrar em território paulista, os produtores. “Precisamos saber como cuidar das nossas aves. A nossa maior preocupação é não deixar a doença entrar na nossa propriedade. Seria um prejuízo muito grande, uma tristeza, não gosto nem de pensar”, contou Roque Klassen, produtor do município de São Simão.

Atualmente ele produz cerca de 1,5 milhão de cabeças de ave ao ano, mas revela que tem capacidade de produzir mais caso surja uma demanda maior de exportação da carne de frango, aberta pelo impedimento dos Estados Unidos em exportar por causa da Influenza.

Idair Carlos Bellize, do município de Santa Rosa do Viterbo, também só não está produzindo mais do que as 140 mil cabeças anuais porque o frigorífico para o qual ele fornece a carne também está operando com capacidade máxima. “A gente fica com uma preocupação muito grande desse vírus chegar aqui. Não podemos deixar essa doença pegar nossas aves, a gente não pode nem merece passar por uma coisa triste dessas”, contou, completando ainda que “acho muito importante o governo e o secretário ajudarem a gente a cuidar das nossas aves”.