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Avicultores do Paraná pedem socorro

<p>O Sindicato Rural Patronal de Toledo (PR) enviou à imprensa, autoridades e empresas do setor avícola uma carta em que relata os prejuízos sofridos pelos avicultores nos últimos anos e que culminaram em crise.</p>

Redação AI (26/02/07) –  No documento o sindicato pede socorro observando que, com a febre aftosa e a influenza aviária, somadas à atual política cambial implantada no Brasil, “o setor está prestes a começar a ruir”.

O sindicato ressalta que, com as exigências do mercado comum europeu, o avicultor fez novos investimentos que somaram às dívidas já existentes, sendo assim, muitos débitos foram prorrogados e outros pagos por meio de bens que o produtor possuía. “Mas até quando a situação persistirá? Dos produtores que já quitaram seus galpões, alguns estão abandonando a atividade, outros, além do sacrifício familiar, estão se desfazendo do patrimônio construído há tempos”, diz um trecho do documento.

Na carta os avicultores alertam que uma das alternativas para o setor seria um aumento no prazo do investimento de oito para 12 anos e uma redução nas taxas de juros.

De acordo com o presidente da Comissão Técnica de Avicultura do sindicato, Luiz Ari Bernartt, o estudo feito pela equipe comprovou que, com uma remuneração média de R$ 0,33, o avicultor, além de não quitar seu investimento em oito anos, ficará devendo mais de R$ 45 mil ao banco. O levantamento ainda aponta que, caso o produtor usasse os cerca de R$ 130 mil suficientes para comprar um aviário em qualquer aplicação financeira, teria um retorno anual maior que os 9,32% que o aviário lhe fornece, e não correria riscos.

O presidente do Sindicato Rural de Toledo, Nelson Paludo, ressalta que a média de pagamento por ave na região oeste não ultrapassa os R$ 0,33, sendo que o Paraná é o maior produtor de aves do Brasil.

O setor observa também que, enquanto o consumidor paga, em média, entre R$ 2,5 e R$ 3 o quilo do frango nos supermercados, o produtor recebe R$ 0,15 por quilo, e ainda precisa pagar todos os custos da produção.