A primeira exposição de galináceos puros foi em 1874 nos Estados Unidos. No Brasil chegaram em 1895 no Rio de Janeiro as raças Orpington Buff, Plymouth Rock, Brahma Light e Cochin Buff. A primeira exposição no País foi em 6/9/1914, no Rio de Janeiro, então capital federal. O Rio Grande do Sul teve a primeira exposição em 1916. A avicultura cria aves para produção de alimentos: carne e ovos, tendo qualidade nesses alimentos garantida com planos de gerenciamento, envolvendo bioseguridade e/ou bioseguranca, bem-estar, nutrição e genética em toda a cadeia de produção, indústria, chegando como alimento ao mercado. Destaca-se o frango e em escala menor aves de postura, patos, gansos, marrecos, codornas, avestruzes. Produção de frangos de corte no Brasil – da granja ao prato – modernizou-se pela redução de custos, ganho de produtividade e atendimento de exigentes consumidores, preocupados com segurança alimentar. Garantida a competitividade, já que nossa avicultura é uma das mais organizadas, evidenciando-se por resultados alcançados em indicadores zootécnicos, volume de abate, desempenho social, ambiental, sanitário e econômico, contribuindo a agricultura no uso de insumos como milho, sorgo, soja, milheto, outros, transformados em carne.
A avicultura desponta no agronegocio brasileiro pela dinamicidade, tecnificação, começando no final da década de 50, na região Sudeste, em São Paulo. Em 70 deslocou-se a região Sul. A produção brasileira em 2011 passará de 12 milhões/toneladas com 30% exportadas a mais de 150 países. O mercado interno – maior demanda da produção – mudou o hábito de consumo, de carne vermelha a carne branca, ultrapassando 45 kg por habitante/ano. A China, potencial consumidor futuro, registra em torno de 10 kg/habitante. Ciências atuam no controle, pesquisa, qualidade, tecnologia de ponta da produção ao mercado, que somada à competência de gestão das organizações fazem a diferença no Brasil. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e instituições de ensino contribuem em pesquisas e empresas privadas em instrução e intercâmbio com produtores e parceiros da cadeia produtiva.
O mundo aprecia o frango brasileiro e temos muitas áreas a serem exploradas na criação, industrialização e mercado, fato não possível em outros países por falta de espaço, água, qualidade de mão-de-obra, insumos e condições climáticas. Somos o maior exportador mundial e um dos maiores produtores, contando com grandes marcas, gerindo a sustentabilidade dessa posição de liderança. Cinco milhões de pessoas atuam, diretamente, na avicultura brasileira e são merecedoras de respeito ao sucesso alcançado, valendo ressaltar a integração entre produtores rurais e agroindústrias, que se caracteriza numa parceria única, envolvendo empresas, produtores, fornecedores de insumos avícolas, municípios e instituições publicas/privadas, viabilizando financiamentos.
Dia da Avicultura: 28 de agosto – Mostra a importância que representamos no cenário social, político, econômico, cultural, ambiental, agropecuário, de bem-estar animal e humano – foco final de associações, empresas, profissionais e consumidores, em razão da produção de alimentos no final do processo. Projeção do consumo brasileiro de carne de frango superará 50 kg per capita logo e a avicultura brasileira terá produção e exportação aumentadas, com sua primeira exportação feita em 1975, abrangendo da genética ao mercado, nos alertando que precisamos, cada vez mais, profissionalizar a atividade. Somente conseguiremos a sustentabilidade com profissionais qualificados, capacitados e com espírito de liderança de pessoas e projetos na obtenção da manutenção da bioseguridade e segurança da atividade.
Temos, ainda, carências de profissionais alinhados ao negócio das companhias, fazendo que tanto as organizações como profissionais gastem energia desnecessária na consolidação dessa parceria tão salutar. Devemos, então, como executivos criarmos esse clima envolvendo subordinados, colegas e empresários para mostrar a importância desse conceito nos complexos avícolas brasileiros. Projeções indicam que em 2017 superamos os EUA em produção, hoje, a avicultura brasileira é o terceiro maior do mundo, atrás dos EUA e da China e pelo ritmo de produção de Brasil e China a produção chinesa pode ser superada no ano que vem isso não virá graciosamente, precisando ser conquistado com qualidade e eficiência geral.
Dia do médico veterinário: 09 de setembro – A medicina Veterinária é responsável pela saúde das aves e da qualidade dos alimentos, oriundos delas, através de Planos de Bioseguridade e/ou Bioseguranca na cadeia de produção, processamento industrial até a segurança alimentar do consumidor final. Indicadores de produtividade, abate, desempenho social, ambiental, sanitário e econômico, colocam esse profissional com valor no processo avícola, mudando o hábito das pessoas, passando de consumidor de carne bovina para a carne branca saudável do frango e ovo. A Ciência Veterinária atua no gerenciamento de inúmeros controles, qualidade, tecnologia de ponta da produção ao mercado, que somada à competência das organizações fazem esse sucesso no Brasil e mundo aprecia nosso frango e nesse contexto, um contingente grande de médicos veterinários de instituições pública e privada participam desse êxito.
A avicultura tem múltiplas funções e atividades que necessitam da capacitação desses profissionais como: controle da saúde dos plantéis, qualidade em todos os processos – genética, cria, recria de matrizes de postura, produção de ovos, Incubatório, integração de produtores rurais com agroindústrias, manejo e/ou bem-estar – desde o pintainho à apanha/transporte das aves-, logística, indústria, laboratórios farmacêuticos, biológicos, de patologia, físico, químico, ambiental, nutrição, fabricação de ração, farinhas, óleos, consultorias de gestão, relação com fornecedores de insumos, comercialização de produtos, projetos, planejamento, administração, biotecnologia, política, legislação, ética, responsabilidade técnica, entre outros –, no intercâmbio entre todas essas áreas e, finalizando, na garantia da segurança alimentar do alimento.
A liderança desse profissional no segmento é uma realidade e sua colaboração fundamental na manutenção no topo da avicultura brasileira. No dia 09 de setembro é comemorado o Dia do Médico Veterinário, data na qual, em 1933, o presidente Getúlio Vargas normalizou a atuação da profissão no País pelo decreto 23.133. Atualmente, o Brasil tem quase 80 mil profissionais atuantes.
Desafio atual da profissão é garantir saúde aos produtos de origem animal que são consumidos pela população, com a globalização e facilidade de transporte de mercadorias entre países. Cada vez mais é necessária à fiscalização e controle, de forma rápida, eficiente. E aí a importância da participação do médico veterinário na qualidade do alimento e sua atuação esta na produção, transporte, processamento industrial, armazenamento e orientação para a comercialização. Com o crescimento da população mundial, o médico veterinário também será responsável por garantir maior produtividade por unidade de negócio, resultando em maior oferta de produtos de origem animal ao consumo.
O médico veterinário tem uma visão holística e incentiva ações sustentáveis no social, ambiental e a parte que paga a conta, o econômico. Ao buscar a produtividade, não podemos apenas pensar em rentabilidade, mas também no que deixaremos para as gerações futuras, lembrando que médico veterinário tem um importante papel como orientador e formador de opinião a partir do contato com os produtores rurais, empresários e comunidade. Getúlio Vargas criou à normalização a atuação e ao ensino dessa profissão e o ofício foi regulamentado em 23/10/68, pela Lei nº. 5517.
Função do veterinário – O veterinário cuida de aves, cães, gatos e vários campos como: Saúde pública veterinária – controle/combate de ratos e baratas, vírus da raiva em centro de zoonoses, inspeção de leite, carne, ovos e mel – evitando que produtos e subprodutos de origem animal sejam contaminados por vírus, bactérias e microorganismos, transmitindo doenças e intoxicações.
Magistério – cursos de nível superior em áreas da ciência da saúde e nível técnico no setor agrícola.
Defesa e vigilância sanitária animal – controlam aves, suínos, bovinos, equídeos, por meio de barreiras internacionais em navios, portos e aeroportos, evitando entrada de doenças em território brasileiro.
Clínicas e hospitais – aplica vacinações, executa cirurgias, medica, se dedica ao bem-estar animal, instruindo proprietários como tratar, transportar e alojar animais, e isto são importante, principalmente em larga escala, em animais de grande porte.
Laboratórios – trabalham no diagnóstico de doenças por meio de fezes, urina, soro e por imagem (raio-x e ultra-som).
Veterinária esportiva – corrida de cavalos, cuidando dos animais, identificando fraturas e as tratando.
Assistência técnica rural – mostra ao pequeno, médio e grande produtor técnicas que existem para melhorar a produção, estruturando o negócio.
Consultoria – apoio a todas as áreas ligadas ao agronegócio na gestão, produção ate o mercado.
Comercialização – vende, mostra como e em qual situação utilizar produto ou alimento. Pelo grande número de opções, há segmentos que não possuem, atualmente, mão-de-obra qualificada do veterinário. O formando recebe boa carga de informação na universidade, mas precisa sempre agregar valor e conhecimento porque a Medicina Veterinária é dinâmica. Há um número excessivo de faculdades – cerca de 170 –, sendo que há uma grande expansão no agronegócio, hoje, só o estado de São Paulo possui aproximadamente 45 escolas de veterinária e isso dá quase o dobro de escolas nos Estados Unidos.
Valter Bampi, médico veterinário, professor universitário e especialista avícola.