Redação (22/08/07) – Imprescindível para a saúde do setor, as discussões sobre o tema já começaram há algum tempo, mas a assembléia da AEPE, realizada no último dia 18, em Campinas, no Hotel Premium Norte, valorizou ainda mais a exigência e importância do Certificado de Sanidade para todos os criatórios brasileiros, mais ainda, para o Estado que lidera a criação de avestruzes e que mais consome a carne da ave. Todas as dúvidas e esclarecimentos sobre o tema foram respondidas pelo médico-veterinário da Defesa Agropecuária, Reginaldo Campanhã, profissional convidado da AEPE para proferir palestra técnica na ocasião.
A surpresa foi a entrega do Certificado de Sanidade para a Betel Avestruzes, criatório de Cosmópolis (SP), próximo a Região Metropolitana de Campinas, considerado o maior do interior paulista. Os profissionais e técnicos que atuam na propriedade fizeram a entrega em mãos ao seu proprietário, Valmir Brustolin, que assim como todos os presentes, também foi pego de surpresa.
O pleito levou cerca de dois anos, no cumprimento de todas as suas etapas e até ser concluído, com as três diferentes colheitas, em intervalo semestral. Todas elas, devem e têm de ser feitas por médicos-veterinários, acompanado de fiscal do Mapa ( Ministério da Agricultura). As análises só são feitas e aceitas em laboratórios credenciados também pelo Mapa. O criador arca com todos os custos, a exceção de despesas de repetição de análises, em caso de alguma positividade nos exames.
A chegada do documento, garante à propriedade, total segurança para transporte e abate de suas aves, certifica a qualidade da carne das aves originadas do mesmo criatório, além de contribuir para a preservação do status sanitário do Estado e abrir os caminhos para inúmeras oportunidades de negócio a partir dos produtos derivados da ave e o caminho para outros e próximos criatórios paulistas. Isso porque a certificação garante que a propriedade e seu respectivo plantel, estão livres para Salmoneloses e Micoplasmas Aviárias.
Todos os criatórios de avestruzes em território brasileiro devrão ter e apresentar o Certificado de Sanidade, que conforme assegurado pelo medico-veterinário da Defesa Agropecuária, Reginaldo Campanhã, já era uma exigência prevista na Instrução Normativa e agora passará também a ser exigidos pela fiscalização. O motivo é o preparo para a implantação do Plano de Regionalização Sanitária, mas não apenas por conta dele,como também para seguir acompanhado da nova GTA – Guia de Transporte Animal. Ou seja, criatórios sem o certificado de Sanidade além de não poderem transportar aves vivas para abate, ovo férteis e couro cru do avestruz, ainda colocarão em risco o status sanitário do Estado, podendo leva-lo a interdição de todas as propriedades, até mesmo daquelas que já têm o Certificado. O documento vale para criatórios já licenciados pelo Mapa. Os criadores devem procurar por consultoria técnica e profissional e em caso de dúvidas, enviá-las pelo e-mail [email protected], do médico-veterinário, Reginaldo Campanhã, que se dispôs a contribuir com outros esclarecimentos, ou ainda, através do departamento técnico da AEPE, encaminhando para [email protected].
Outros criadores, associados e não associados a AEPE também estão em fase adiantada da conquista do Certificado de Sanidade e muitos agora, devidamente informados e atualizados de tal exigência e necessidade pelas autoridades da fiscalização sanitária. Mais criatórios do estado de SP já têm o Certificado de Sanidade e mostram que também saíram na frente junto a profissionalização do setor.