O mercado brasileiro de carne suína voltou a registrar avanços nos preços pagos pelo quilo vivo ao longo da semana, refletindo uma demanda mais aquecida por conta da proximidade das festas de final de ano. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, este cenário de consumo mais efetivo deve ser mantido ao longo das próximas semanas, fator que pode possibilitar novos reajustes nas cotações, até mesmo para que haja uma recuperação frente aos elevados custos de produção.
Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, a média de preços pagos pelo suíno vivo na Região Centro-Sul chegou a R$ 3,57, um avanço de 1,08% em relação à semana passada, de R$ 3,54. Já a média de preços pagos pelos cortes de pernil avançou 0,9%, de R$ 7,31 para R$ 7,37. Já a média da carcaça, na mesma comparação, teve incremento de 0,1%, de R$ 6,23 para R$ 6,24.
Nas exportações, o mercado vem mantendo um desempenho satisfatório em novembro. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 101 milhões em novembro (12 dias úteis), com média diária de US$ 8,4 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 38 mil toneladas, com média diária de 3,2 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.657,70.
Em relação a outubro, ocorreu uma elevação de 26,5% na receita, ganho de 18,9% no volume e alta de 6,4% no preço. Na comparação com novembro de 2015, houve alta de 38% no valor total exportado, ganho de 14,6% na quantidade total e valorização de 20,4% no preço médio.
Para o curto prazo, Maia informa que a tendência é de uma diminuição no ritmo de embarques frente às médias registradas ao longo do ano, muito embora a perspectiva para o mês de dezembro é de que os embarques possam superar as 44,757 mil toneladas exportadas no mesmo mês do ano passado.
A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi cotada a R$ 78,00, ante os R$ 76,00 da semana passada. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo subiu de R$ 3,08 para R$ 3,09. No interior a cotação passou de R$ 3,55 para R$ 3,58. Em Santa Catarina o preço do quilo pulou de R$ 3,13 para R$ 3,15 na integração. No interior catarinense, a cotação seguiu em R$ 3,45. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 3,77 para R$ 3,78 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo seguiu em R$ 3,26.
No Mato Grosso do Sul a cotação seguiu em R$ 3,05 na integração, enquanto em Campo Grande o preço continuou em R$ 3,23. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 4,00 para R$ 4,15. No interior de Minas Gerais o quilo subiu de R$ 4,00 para R$ 4,10 e, no mercado independente mineiro, a cotação avançou de R$ 3,75 para R$ 3,85. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve acréscimo de R$ 3,28 para R$ 3,30. Já na integração do estado a cotação continuou em R$ 3,15.