Enquanto Brasil e Paraguai dão início à colheita dos primeiros lotes de soja da safra 2014/15, a Argentina ainda tem perto de 4 milhões de hectares por semear. A colheita brasileira começou em lavouras plantadas precocemente em Mato Grosso, em Campos de Júlio (Oeste) e em Chapada dos Guimarães (região de Cuiabá). O plantio tardio ocorre na região Norte da Argentina e abrange mais de 15% das lavouras.
Em relatório divulgado nesta semana, a Bolha de Cereais de Buenos Aires informou que a tarefa já está praticamente concluída na Zona Núcleo – principal região sojicultora do país vizinho -, mas que as máquinas ainda têm um longo caminho a percorrer em áreas menos tradicionais ao Norte do país. Na média nacional, 81,2% dos 20,6 milhões de hectares programados para a oleaginosa já foram cultivados, índice em linha com a média histórica. Mais atrasado, o plantio do milho chega a 65,5% dos 3 milhões de hectares reservados à cultura.
Depois de um início de temporada marcado por extremos climáticos, as lavouras argentinas sustentam boas condições e mantém potencial para cerca de 55 milhões de toneladas de soja e mais de 20 milhões de toneladas de milho. Porém, os volumes só devem ser concretizados se o clima favorecer o desenvolvimento das plantações, que estão em fase inicial . O pico de colheita é previsto para março na Argentina, coincidindo com o período de intensificação das atividades no Brasil, onde os trabalhos deverão começar para valer somente em meados de abril, com atrasos de até 20 dias, por conta do tempo seco na época do plantio.
Plantio atrasado
4 milhões de hectares de soja ainda estão por semear na Argentina. Tarefa deve se estender até 2015 e pico de colheita está previsto apenas para março.