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Grãos

Brasil deve ter queda na safra de milho em 2023/24, aponta relatório da USDA

Perspectiva global de grãos para 2023/24 é de produção recorde e estoques finais maiores

Brasil deve ter queda na safra de milho em 2023/24, aponta relatório da USDA

A produção e uso de grãos em todo o mundo atingirá níveis históricos no próximo ano, de acordo com o relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta sexta-feira (12). Apesar disso, a projeção é que a Ucrânia e o Brasil tenham safras menores, o que irá parcialmente compensar os maiores aumentos previstos para outros países, como os Estados Unidos, Argentina, UE, China e Sérvia.

No caso do Brasil, espera-se uma queda na safra de milho, enquanto a safra dos EUA é projetada para um recorde de 15,3 bilhões de bushels por acre (unidade de medida agrícola usada nos Estados Unidos), mais de 10% em relação ao ano passado, devido ao aumento da área e do rendimento. A projeção de rendimento de 181,5 bushels por acre é baseada em uma tendência ajustada pelo clima.

A projeção de rendimento de 181,5 bushels é baseada em uma tendência ajustada pelo clima, assumindo o progresso normal do plantio e clima da estação de crescimento de verão, estimado usando o período de 1988-2022.

Cenário global para o milho

A perspectiva global de grãos para 2023/24 também é de produção recorde e estoques finais maiores. A produção mundial de milho está prevista para um recorde, com os maiores aumentos para os Estados Unidos, Argentina, UE, China e Sérvia, enquanto a Ucrânia e o Brasil têm safras menores projetadas. Espera-se que o uso mundial de milho aumente cerca de 4%, com o consumo estrangeiro aumentando em uma quantidade similar. Com preços mais baixos, as importações mundiais de milho devem crescer pouco mais de 5%, impulsionadas por aumentos em vários países, incluindo China, Egito, Vietnã, Argélia, México e Colômbia.

No que diz respeito ao uso de milho nos EUA, prevê-se que o uso total para 2023/24 aumente cerca de 5% em relação ao ano anterior, devido ao maior uso doméstico e às exportações. Alimentos, sementes e uso industrial estão projetados para aumentar 55 milhões de bushels para 6,7 bilhões. O milho usado para etanol deve aumentar 1%, com base nas expectativas de crescimento modesto no consumo de gasolina para motores e na taxa de inclusão do etanol na gasolina. O uso de rações e resíduos é projetado para uma safra maior e preços mais baixos esperados.

Com os estoques iniciais ligeiramente aumentados, o fornecimento total de milho está previsto em 16,7 bilhões de bushels, o maior desde 2017/18. Os estoques globais finais de milho aumentaram 15,5 milhões de toneladas, para 312,9 milhões, refletindo principalmente estoques maiores para os Estados Unidos que são parcialmente compensados por quedas no Brasil e na China.