O Brasil pode começar a exportar milho para a China antes do final do ano, disse o chefe de assuntos institucionais da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Cesario Ramalho, nesta terça-feira.
Ramalho, falando em entrevista coletiva, disse que o cronograma foi fornecido por funcionários do Ministério da Agricultura, que estão conversando com a China sobre a aprovação de certos tipos de milho transgênico que são cultivados no país sul-americano.
Os governos brasileiro e chinês concluíram as negociações de atualização do protocolo para exportações de milho brasileiro para a China, disse o Ministério da Agricultura em comunicado à Reuters.
“As equipes técnicas dos dois países têm mantido interlocução com o objetivo de concluir os procedimentos técnicos que permitirão o início das exportações”, afirmou a pasta.
Em maio, a autoridade alfandegária da China finalizou um acordo para permitir a importação de milho brasileiro, preparando uma alternativa ao milho dos EUA para substituir as importações da Ucrânia.
Mas os embarques não começaram, pois estão em curso negociações para que a China aprove certos tipos de milho transgênico que os agricultores brasileiros já plantam com autorização da comissão brasileira de biossegurança CTNBio, disse Ramalho.
O Brasil vende milho para países como Irã, Japão, México e União Europeia, disse Ramalho, e deve continuar exportando milho para o maior número possível de mercados para evitar a dependência de apenas um comprador.
Ramalho estima que a China compre cerca de metade da carne exportada pelo Brasil e cerca de 80% de suas exportações de soja a cada ano.