Segundos informações do Estadão, o senador Wellington Fagundes (PL) revelou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu sinal verde para que sejam produzidas vacinas contra o coronavírus em fábricas de saúde animal. O sinal positivo, segundo ele, foi dado durante reunião realizada na última sexta-feira (16). O anúncio foi feito por Fagundes nesta segunda-feira (19).
De acordo com o senador, o próximo passo é buscar a transferência de tecnologia para dar início à produção dos imunizantes.
“A previsão das indústrias é a seguinte: após a autorização e a transferência da tecnologia que é apenas a semente mãe, a célula semente, eles podem produzir em 90 dias 300 a 400 milhões de doses. Em relação à tecnologia praticamente está definida e tem três grandes indústrias que querem fazer essa transferência tecnológica para o Brasil”, disse Wellington.
Wellington frisou que o país desmobilizou as suas indústrias de vacinas e hoje somente há fabricação na Fiocruz e no Butantan, que não são indústrias, e sim institutos de pesquisas, o que faz a produção ser limitada.
“Temos um grande parque industrial que pode perfeitamente com que o Brasil tenha vacina suficiente para vacinar a população brasileira e ainda ser um grande produtor de vacina para o mundo”, acrescentou se referindo à indústria de vacinas contra a febre aftosa.
Fagundes disse que o modus operandi na fabricação da vacina contra a febre aftosa é o mesmo utilizado na fabricação de imunizantes contra o novo coronavírus, com o vírus inativado.
O senador, que também é médico veterinário de formação, explicou que o novo coronavírus existe há 40 anos no país e o Brasil inclusive produz vacina contra o coronavírus para aves, mas que esta nova cepa 19, veio a partir da chamada zoonose, que é onde as doenças são transmitidas dos animais para o homem e do homem para os animais.
Paralela à essa fabricação, Wellington detalhou que o Brasil está realizando uma pesquisa para desenvolver a vacina aqui no Brasil também, que dentro do curto espaço de tempo, o país já terá a tecnologia 100% nacional.