Em Tangará da Serra, Mato Grosso, a chuva constante tem provocado buracos e atoleiros nas estradas. Está difícil escoar a safra.
A colheita está no começo e a preocupação do produtor Eleonor Ogliari já é grande. Ele planta 4 mil hectares de soja na região do Chapadão do Rio Verde, em Tangará da Serra, e o transporte da produção vai ser pela MT-358. O trecho de 100 quilômetros de terra e está cheio de lama.
“Uma saída da produção triste, né? A gente investe tanto em maquinário, tecnologia, novas variedades… Eu acho que o conjunto do agronegócio está rodando, está girando, mas temos esse gargalo aqui em Mato Grosso da logística”, diz.
Só nesta são produzidos todos os anos 2 milhões de sacas de soja todos. É a principal área de produção agrícola de Tangará da Serra. Da lavoura sai uma safra novinha do grão, mas para escoar toda a colheita, os agricultores enfrentam uma situação que não é de agora. Entra ano e sai ano e o problema das estradas ruins se repete. O prejuizo é visível ao longo da estrada.
A entrega de produtos nas fazendas da região também é uma operação complicada. Uma transportadora teve que dividir uma carga de 37 mil litros de óleo diesel em dois caminhões para não correr o risco de ficar no caminho por causa do peso.
O estado faz a manutenção do trecho, mas com tanta chuva, só a patrola não resolve o problema. A Secretaria de Transportes de Mato Grosso informa que não há previsão para pavimentar esse trecho da rodovia e que os serviços de conservação só serão feitos depois que o período de chuvas passar.