Após alguns alimentos saírem do prato da população brasileira, outros ganharam destaque pelo preço atrativo. É o caso da carne de porco, que nos últimos 12 meses teve uma queda de preço em 5,52%, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Enquanto isso, o valor da carne de boi aumentou 7,35% e a de frango subiu 20,26%. O quilo do pernil suíno chega a custar 30% a menos que o filé de frango.
O consumo médio de carne suína por brasileiro foi de 16,9 quilos para mais de 18 quilos em 12 meses, ou seja, um número recorde.
“Não se confirmou, por exemplo, índices de exportação que foram um pouco menores. Então essa proteína acabou ficando no mercado doméstico e pressionou os preços no varejo, e a gente como consumidor foi beneficiado por isso em um ciclo de inflação que está de certa forma mais elevado”, esclarece Edmar Gervásio, técnico do Departamento de Economia Rural.
Segundo Iuri Machado, consultor de mercado da Associação Brasileira de Criadores de Suínos, “houve um aumento da oferta e ao mesmo tempo um aumento do custo de produção, porque 80% do custo de produção do suíno é relacionado ao milho e ao farelo de soja, que foram insumos que aumentaram muito de preço nos últimos meses”.