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Carne suína tem mais benefícios

<p>Apesar da carne suína ser indicada para pressão alta e diabetes, Brasil apresenta baixo índice de consumo.</p>

Suinocultores que já vinham sofrendo com a crise mundial viram dificuldades maiores com o aparecimento do vírus Influenza A, que foi nominado erroneamente de “Gripe Suína”. Mas, ao contrário do que muitos pensam, o consumo de carne suína não causa nenhum tipo de gripe e traz muitos benefícios à saúde.

A carne suína é excelente fonte de vitamina do complexo B (tiamina, riboflavina, vitamina B6 e B12) e minerais (cálcio, fósforo, zinco e ferro).

Uma das virtudes da carne suína é o seu teor de potássio. Pessoas com hipertensão devem diminuir o consumo de sal (cloreto de sódio) para abaixar os níveis de sódio do organismo. Por isso a carne suína é a mais indicada para alta pressão sangüínea, já que o potássio ajuda a regular os níveis de sódio que aumentam a retenção de líquidos no corpo.

A gordura e o colesterol tem diminuído de forma progressiva nos últimos anos, em decorrência do intenso trabalho de melhoramento elaborado pelos técnicos e criadores. E esse é o fator que as pessoas desconhecem.

De 1980 para cá, o suíno perdeu 31% do seu nível de gordura, 14% de calorias e 10% de colesterol, tudo isso fruto dos avanços na genética, através do cruzamento e seleção de animais superiores. O percentual de carne magra na carcaça, que era de 50% naquela época, subiu para 62% a 64 % nos dias de hoje.

Esta considerável diminuição na gordura corporal dos suínos merece destaque. No suíno atual, 70% da gordura está localizada debaixo da sua pele (toucinho) e apenas 30% no restante do corpo. Ao se retirar a pele, a carne suína apresenta baixos teores de gordura. No interior dos músculos encontramos apenas 1,1 a 2,4 % de gordura, que é o mesmo das carnes de frango, e menor que das carnes bovina (2,5%) e de ovinos (6,5%).

Além disso, a carne suína possui mais gorduras “desejáveis”, chamadas de insaturadas (65%), do que gorduras “indesejáveis”, conhecidas como saturadas (35%). Também é rica em ácido linoléico, que neutraliza os efeitos negativos do ácido palmítico, que é uma gordura saturada.

O nível de colesterol contido na carne suína moderno é semelhante à de outras carnes e está perfeitamente adequada às exigências do consumidor moderno.

Em relação às quilocalorias, a carne do suíno atual atende às necessidades de uma dieta correta. O homem necessita consumir em média de 2.000 a 2.400 quilocalorias para atender às suas necessidades diárias. Ao consumir 150 gramas de lombo cozido, ele estará consumindo apenas 270 kcal, ou seja, bem menos do que um hambúrguer (600 kcal) ou 150 gramas de batatas fritas (400 kcal).

Mesmo com todos os benefícios do consumo da carne suína, o brasileiro consome em média 13 quilos por ano, índice muito abaixo de outros países, principalmente os europeus, que consomem cerca de três vezes mais.

* Com informações do Aqui Sudoeste