A Administração Estatal de Grãos da China confirmou nesta quarta-feira (21/11) que comprará soja e milho de quatro importantes regiões produtoras a valores mais altos para compor os estoques estatais. A iniciativa busca sustentar os preços domésticos e incentivar a produção local. Em nota, o órgão informou que estocará soja a 4.600 yuans a tonelada, aumento de 15% na comparação com o ano anterior. Pelo milho, o governo pagará entre 2.100 yuans por tonelada e 2.140 yuans por tonelada, crescimento de 7% na mesma base de comparação (US$ 1 = 6,22990 yuans).
A soja e o milho serão adquiridos das províncias de Heilongjiang, Jilin e Liaoning e da região autônoma Inner Mongolia. As quatro regiões são as maiores produtoras de milho e soja, mas não as maiores consumidoras. O programa de estocagem se estenderá até 30 de abril de 2013.
O comunicado confirmou notícias veiculadas na mídia chinesa sobre o plano do governo de aumentar o preço das compras para os estoques estatais. Estocar produtos agrícolas a preços predeterminados tem sido uma política usada pela China para proteger os produtores locais.
Em 2011, o governo estocou 3,62 milhões de toneladas de soja, pagando 4.000 yuans por tonelada. Depois, vendeu, até o momento em 2012, 3,76 milhões de toneladas da oleaginosa de safras antigas para estabilizar os preços domésticos de farelo e óleo.
O preço de aquisição fixado pelo governo para a soja em 2012 está levemente acima dos valores de mercado atuais, entre 4.460 yuans por tonelada e 4.660 yuans por tonelada, segundo informações de traders. Já a quantia que o governo oferece para compra de milho está marginalmente abaixo dos preços de mercado, em torno de 2.200 yuans por tonelada.