A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) informou nesta segunda-feira que, por causa das chuvas de dezembro e janeiro, 119 mil hectares dedicados à agropecuária foram perdidos no Estado. A maior parte das perdas foi na produção de grãos (74,5 mil hectares) e de hortaliças (3,4 mil hectares).
De acordo com o órgão, 127 mil produtores sofreram algum tipo de impacto em sua atividade por causa das chuvas.
O levantamento também indicou que 416 municípios relataram perdas no campo durante o período chuvoso, o que corresponde a 48,7% do total do Estado, informou a Emater-MG.
Individualmente, a safra de milho de verão desta temporada 2021/22 foi a mais afetada. As perdas ocorreram em 37,5 mil hectares, ou 4% da área total cultivada em Minas Gerais, estimada em 851,5 mil hectares.
Na primeira safra de feijão, foram perdidos 20,5 mil hectares, ou 15% do total (133,2 mil hectares). “O prejuízo só não foi maior porque as principais regiões produtoras de milho e feijão, como o noroeste, o Triângulo Mineiro e o Sul de Minas, não sofreram tanto com as chuvas.
As maiores perdas ficaram concentradas no norte e na região central. Em algumas áreas dessas regiões, o prejuízo foi superior a 60%”, afirma, em nota, o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia.
No caso das hortaliças, segundo o órgão, as chuvas causaram perdas sobretudo no cinturão verde de Belo Horizonte, mas também no norte, no centro e no leste do Estado. Alface, tomate e quiabo foram os produtos mais afetados, com perdas em 416, 365 e 236 hectares, respectivamente.