A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, na quarta (20), reunião da Comissão Nacional de Aves e Suínos.
No encontro, os participantes trataram das expectativas para os mercados de frango de corte e suínos, o equilíbrio nas relações de integração vertical e as perspectivas de ações para 2023.
A reunião foi mediada pelo presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos, Marcelo Valles Bento, e pelo assessor técnico da CNA, Rafael Ribeiro.
Durante a reunião, foi apresentado o cenário atual da produção e do consumo de carnes de aves e suínos no Brasil e o desempenho de exportação dos setores. De acordo com Rafael Ribeiro, a sazonalidade do fim de ano pode contribuir positivamente para o aumento do consumo interno e das exportações.
“A previsão é de termos uma demanda maior no mercado doméstico no último bimestre, decorrente de algumas variantes como o 13º salário e festas de fim de ano. As exportações de carnes suínas e frango também podem apresentar um bom ritmo”, disse.
Segundo o assessor técnico da CNA, outro fator positivo para os setores diz respeito aos menores custos com a alimentação concentrada, principalmente o milho com atenção para o 1º trimestre de 2023. “Mas ainda estamos em cenário de cautela para o próximo ano, tendo em vista as incertezas econômicas tanto no mercado interno quanto externo”, afirmou Rafael.
A Comissão também apresentou a pesquisa que está sendo realizada com lideranças dos produtores nas Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs) sobre a relação do produtor integrado e integradora.
“O resultado dessa pesquisa é bastante importante para todos orientar as ações que a CNA está construindo para 2023”, destacou o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos, Marcelo Valles Bento. A pesquisa, sigilosa, está inserida dentro do Programa CADEC Brasil, desenvolvido pelo Sistema CNA/Senar.
Marcelo também apresentou algumas ações da Comissão previstas para 2023. “Dentre elas, continuaremos atuando para a regulamentação da Lei da Integração, com as consultorias jurídicas, o fortalecimento das Cadecs e a formulação de cursos de Educação a Distância (EaD)”, explicou Marcello.
A reunião também contou com a participação do consultor jurídico da CNA, Thiago de Carvalho, e do consultor técnico da CNA, Iuri Pinheiro, que falaram sobre a homogeneização das relações de integração vertical. Segundo eles, as Cadecs surgiram para formalizar e dar força aos acordos firmados, além de garantir a transparência das informações e das negociações dos custos de produção da atividade.