As principais tendências e os desafios para o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas serão abordados no seminário “Agro em Questão: China e Brasil – Agricultura e Biotecnologia”. O evento será realizado pela Superintendência de Relações Internacionais da CNA no dia 25 de abril, em Brasília.
A assessora de investimentos e especialista em mercado chinês Larissa Wachholz, que está envolvida em diversas negociações entre empresas brasileiras e chinesas, participará do painel “Novas tecnologias e o impacto para o comércio de alimentos entre China e Brasil”.
“A China é um dos países que mais investem em tecnologias voltadas para as ciências agrícolas. Devido à preocupação com a segurança alimentar, o volume de recursos destinado para essa área é impressionante”, destaca Larissa, que é sócia da boutique de negócios e investimentos Vallya, além de sócia-fundadora e membro do Conselho do Instituto de Relações Governamentais (Irelgov).
Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. O país asiático é principal mercado para as exportações agropecuárias brasileiras e destino de 38% das vendas totais do setor.
De acordo com Larissa, o seminário realizado pela CNA possibilitará uma importante troca de informações sobre os avanços da tecnologia agrícola no país asiático, um assunto que ainda é pouco discutido no Brasil.
“O Brasil é referência na produção agropecuária e tem na China um grande cliente. A China, por sua vez, além de também ser líder na produção de diversos produtos agrícolas, investe largamente em tecnologia e pesquisa para aprimorar suas práticas e diversificar a produção. As oportunidades de intercâmbio são inúmeras, mas o desconhecimento ainda é grande, sobretudo quanto aos avanços dos chineses em biotecnologia”, destacou.
O grande potencial para a cooperação em aquicultura é outra área destacada pela especialista. “A China é, de longe, o maior produtor mundial de pescados e mariscos. Essa área da piscicultura é bastante tecnificada e exige muita pesquisa até que sejam encontradas novas espécies que possam ser trabalhadas comercialmente”, explicou. O Brasil tem grandes oportunidades para a produção de peixes de água doce. “Essas potencialidades podem ser alavancadas a partir da troca de experiências com a China”, observou.
O Seminário Agro em “Agro em Questão: China e Brasil – Agricultura e Biotecnologia” é gratuito. Para visualizar a programação e realizar a inscrição, clique aqui: