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Reunião

CNA reúne governo e setor produtivo para debater negociações internacionais

Um dos assuntos tratados no encontro foi a agenda do governo brasileiro para as negociações internacionais

CNA reúne governo e setor produtivo para debater negociações internacionais

Integrantes da Aliança AgroBrazil, grupo lançado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para debater questões de comércio exterior, se reuniram na terça (26), em Brasília.

Um dos assuntos tratados no encontro foi a agenda do governo brasileiro para as negociações internacionais. Representantes dos ministérios da Economia, Agricultura e Relações Exteriores (MRE) estiveram presentes no encontro.  

“Foi uma oportunidade de diálogo entre governo e diversos elos do setor produtivo sobre o andamento de acordos comerciais e possibilidades de abertura de novos mercados”, disse o diretor de Relações Internacionais da CNA e presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira.

Segundo ele, o Brasil tem capacidade para aumentar as exportações de produtos agropecuários, mas precisa enfrentar alguns desafios, como barreiras sanitárias e tarifárias no mercado internacional e aspectos burocráticos no ambiente doméstico.

Durante a reunião, o diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Itamaraty, Alexandre Ghisleni, defendeu uma ação coordenada para fortalecer a atuação do país nas negociações de acordos de livre comércio e promover a imagem do setor agropecuário no exterior.

“Nós precisamos mostrar ao mundo que o Brasil é uma superpotência agrícola e tudo foi construído com base na tecnologia e no respeito ao meio ambiente. Essa é uma imagem que não chega lá fora e nós precisamos e queremos fazer chegar”.

A secretária adjunta de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Yana Dumaresq, afirmou que o governo reconhece a necessidade de aumentar a participação do agro em mercados estratégicos.

“Estamos comprometidos em avançar nessa questão e encarar as dificuldades para concluir as negociações. O nosso objetivo não é só negociar, mas sim fechar acordos”.

Já o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Flávio Bettarello, falou de medidas de apoio ao setor. “Teremos uma agenda de promoção comercial, investimento e cooperação”.

Outro assunto debatido no encontro foram as negociações do Brasil com mercados potenciais. A coordenadora de Relações Internacionais da CNA, Camila Sande, explicou que o Canadá, por exemplo, é considerado um concorrente do Brasil por ser um grande player no mercado agrícola.

“Nós temos o desafio de entrar no mercado canadense. Existem oportunidades que podemos encontrar pelo menos na redução de tarifas de alguns produtos, como as carnes. A CNA está fazendo um levantamento para buscar sinergias e vantagens com esse possível acordo comercial”.

De acordo com Sande, outro mercado potencial é a Coreia do Sul, oitavo maior importador de alimentos do mundo. “Esse acordo poderia trazer um incremento de US$ 10 bilhões apenas com a exportação de produtos agropecuários. Segundo o Governo, uma rodada de negociações está prevista para o fim de março”.