De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (15/04) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o ritmo das exportações de soja e derivados diminuiu nesta semana, devido à dificuldade de embarque.
Alguns traders consultados pelo Cepea indicam que as chuvas ocorridas nas últimas semanas atrasaram a programação de escoamento nos principais portos brasileiros: Santos (SP), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS). Esse cenário diminuiu as cotas nos armazéns portuários para tradings que pretendiam enviar novos lotes para esses portos. As exportações foram limitadas também pelo atraso de navios, especialmente em Santos. Neste caso, os lotes que deveriam ser escoados nas duas últimas semanas foram prorrogados para a segunda quinzena deste mês.
Na região do Matopiba, de acordo com levantamento do Cepea, precipitações seguem atrasando a colheita e limitando as comercializações. Quanto aos preços, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá recuou 1,2%, a R$ 76,50/saca de 60 kg no dia 12. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná teve baixa de 0,8%, a R$ 71,87/sc de 60 kg nessa sexta.
PSA na China afeta produtores do farelo
Os esforços da China para conter os surtos de peste suína africana no país vão continuar pressionando durante meses a demanda por farelo de soja, impondo desafios para grandes processadoras como Archer Daniels Midland (ADM) e Bunge. De acordo com estimativa do Vertical Group, o abate forçado de milhões de animais na China vai reduzir a demanda por farelo de soja em algo entre 5% e 10%, e uma recuperação não deve acontecer antes do fim de 2019. Porém, um possível aumento da produção de suínos nos EUA, na Europa e no Brasil para atender à demanda chinesa pode estimular a procura pelo ingrediente de ração animal.