A China está comprando milho e soja dos EUA como parte dos esforços para mitigar os riscos para o fornecimento de commodities da guerra da Rússia na Ucrânia e colheitas mais lentas na América do Sul.
Compradores chineses recentemente reservaram cerca de 20 carregamentos de soja americana e cerca de 10 carregamentos de milho, de acordo com operadores que pediram para não serem identificados porque não estão autorizados a falar publicamente.
A onda de compras reflete a demanda robusta no principal importador, uma vez que as preocupações com a oferta crescem após a invasão da Ucrânia pela Rússia e a oferta mais fraca do que o esperado do Brasil, o maior produtor mundial de soja.
Rússia e Ucrânia estão entre os maiores exportadores de grãos como trigo e milho, e também óleos vegetais. À medida que os embarques dos dois países praticamente paralisam, os preços de muitas commodities agrícolas disparam.
A China é um grande comprador de milho e cevada da Ucrânia, bem como óleo de girassol da Ucrânia e da Rússia.
As compras de soja dos EUA são para embarque a partir de maio, disseram os operadores. Isso é incomum, pois a soja brasileira é historicamente mais barata que a americana para esta época do ano, logo após a colheita que ocorre em fevereiro e março e antes da colheita americana em outubro e novembro.
As perspectivas de uma safra recorde de soja brasileira este ano foram derrubadas por problemas climáticos que acabaram atrasando a colheita e as exportações, muito aquém das estimativas iniciais.
Segundo o USDA, a safra brasileira era estimada em 144 milhões de toneladas no fim do ano passado e consultorias privadas já estimam a safra próxima de 120 milhões.
Essa falta de abastecimento imediato é vista em grandes filas de navios fora dos portos do Brasil, bem como em prêmios para a safra.
Os contratos futuros da soja brasileira de Santos estão mais elevados do que os do Golfo dos EUA neste ano – um sinal de que a oferta do maior produtor e exportador mundial está menor e mais demanda deve ser direcionada para os EUA.
As compras de soja dos EUA são para embarque a partir de maio, disseram os operadores. Isso é incomum, pois a soja brasileira é historicamente mais barata que a americana para esta época do ano, logo após a colheita que ocorre em fevereiro e março e antes da colheita americana em outubro e novembro.
As perspectivas de uma safra recorde de soja brasileira este ano foram derrubadas por problemas climáticos que acabaram atrasando a colheita e as exportações, muito aquém das estimativas iniciais.
Segundo o USDA, a safra brasileira era estimada em 144 milhões de toneladas no fim do ano passado e consultorias privadas já estimam a safra próxima de 120 milhões.
Essa falta de abastecimento imediato é vista em grandes filas de navios fora dos portos do Brasil, bem como em prêmios para a safra.
Os contratos futuros da soja brasileira de Santos estão mais elevados do que os do Golfo dos EUA neste ano – um sinal de que a oferta do maior produtor e exportador mundial está menor e mais demanda deve ser direcionada para os EUA.
Para o milho, a China está buscando substituir alguns suprimentos da Ucrânia e também como proteção contra futuras perdas de produção da sua própria safra, disseram os operadores.
O milho ucraniano é geralmente plantado em abril e maio, e os estragos da guerra, a escassez de trabalhadores agrícolas e o caos em torno do transporte e da logística podem colocar essas colheitas em risco.
O Brasil, geralmente o terceiro ou quarto maior exportador de milho, está lutando para repor os estoques esgotados após uma segunda safra de milho menor do que o esperado em maio passado.
O Departamento de Agricultura dos EUA baixou a estimativa da safra de milho do Brasil para 114 milhões de toneladas em relação à estimativa inicial de 118 milhões.
A segurança alimentar é uma prioridade crítica para Pequim, já que as importações de milho, soja e trigo do país atingiram níveis recordes, aumentando sua vulnerabilidade a tensões comerciais e choques de oferta.
Autoridades de alto escalão emitiram ordens para garantir o fornecimento de commodities, provocadas por preocupações com as interrupções no comércio do Mar Negro.