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POLÍTICA

Comissão de Agricultura convoca Ministra do Meio Ambiente para prestar esclarecimentos

Comissão de Agricultura convoca Ministra do Meio Ambiente para prestar esclarecimentos

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (08), o pedido de convocação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O requerimento, apresentado há duas semanas pelos deputados Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Zé Vitor (PL-MG), busca esclarecimentos sobre as medidas tomadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) que, segundo os parlamentares, têm impactado negativamente a agropecuária brasileira e os produtores rurais.

O presidente da Comissão, deputado Tião Medeiros (PP-PR), ressaltou a intenção de buscar entendimento e conciliação entre os setores agrícola e ambiental. Ele expressou preocupação com a postura da ministra, que tem sido percebida como contrária ao setor produtivo brasileiro, sendo muitas vezes considerada responsável por desafios enfrentados pelo país.

“Não podemos permitir que o setor agropecuário seja tratado dessa maneira, principalmente por autoridades do Governo Federal. Queremos buscar o entendimento e, acima de tudo, cobrar do governo iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira”, afirmou Tião Medeiros.

Rodolfo Nogueira destacou a importância da convocação para esclarecer a suposta perseguição do MMA ao setor agropecuário brasileiro. O parlamentar argumentou que a pasta tem adotado medidas contraproducentes em relação ao desenvolvimento do setor.

“A convocação é necessária para expor a perseguição evidente do Ministério do Meio Ambiente à agropecuária brasileira. Queremos saber qual é a verdadeira visão que o Ministério tem do setor. Este esclarecimento é crucial não apenas para este comitê, mas para todo o país, pois o setor agropecuário é responsável por gerar empregos, renda e diversas oportunidades em todo o Brasil”, enfatizou Nogueira.

Denúncias de gastos irregulares em ONG apadrinhada pela Ministra do Meio Ambiente

No mesmo contexto, surgiram denúncias relacionadas aos gastos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), apadrinhado pela ministra Marina Silva. Durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal, que investiga as atividades de ONGs na região amazônica, foram revelados dados que indicam que o IPAM teria utilizado mais de 80% do orçamento em viagens, parcerias e consultorias.

O presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB-AM), apontou que os R$ 24 milhões recebidos pelo IPAM do Fundo Amazônia seguiram um padrão semelhante, com uma parcela mínima destinada à população amazônida.

O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), classificou as denúncias como graves e defendeu uma investigação aprofundada.

“De acordo com o relatório de 2022 do Fundo Amazônia para o IPAM, mais de R$ 6 milhões foram destinados à elaboração do próprio projeto, enquanto apenas R$ 2,8 milhões foram utilizados para pagamento pelos serviços ambientais. Isso é uma crítica séria”, ressaltou o senador.

O relator da CPI, senador Márcio Bittar (União Brasil-AC), classificou a relação entre algumas ONGs e representantes do governo, incluindo a ministra do Meio Ambiente, como “promíscua”. Ele destacou a necessidade de uma investigação detalhada sobre as ações das ONGs e o uso dos recursos recebidos.

Márcio Bittar também criticou a atuação do IPAM, argumentando que a organização é financiada por governos estrangeiros que estão entre os maiores poluidores do mundo, mas não direciona suas críticas a esses países.

“Nenhuma ONG questiona esses países e suas atuações, mas sobre a Amazônia dão palpite o tempo todo. Milhões de amazônidas passam fome, entregues às facções criminosas, enquanto veem Alemanha e Noruega, países poluidores, aumentarem os investimentos em petróleo e carvão”, afirmou o relator.

Fonte: FPA.